2017
DOI: 10.21680/1517-7874.2017v19n0id12622
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Análise semiótica de mapas das eleições presidenciais de 2014: fraturas no discurso da identidade nacional

Abstract: RESUMOEste trabalho analisa, sob a perspectiva da semiótica discursiva, suas produções relativas a uma semiótica do espaço e estudos sobre a identidade na contemporaneidade, seis dos muitos mapas divulgados na mídia digital e impressa imediatamente após o resultado das eleições para presidente do Brasil, nas votações em segundo turno, em outubro de 2014. Trazemos aqui linhas mestras de uma reflexão inicial sobre o modo de representar o país, recortando-o a partir das opções políticoideológicas. Entendemos os m… Show more

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“…Aos poucos os franceses iam desenhando essa noção que ganharia força no Brasil, tanto do século XIX quanto do século XX, para não falarmos dos dias atuais. 5 E essas questões, que trazem o sul do país como mais dotado das características para o desenvolvimento civilizacional, em contraposição ao norte, aparecem ainda de maneira mais sutil nos escritos da Revue, como nos elogios ao seu clima mais propenso ao assentamento dos europeus, o que o torna, assim, mais propenso ao progresso 6 que se 5 Um exemplo do quanto essa visão ainda é marcante na sociedade brasileira da atualidade é a eleição presidencial de 2014, que expôs uma série de discursos de ódios direcionados às populações do Norte e Nordeste do Brasil (SILVA, 2016;SILVA, 2017;HOLANDA;SCANONI;SIQUEIRA, 2016 Dessa forma, vai se definindo entre os franceses a noção de que havia um Brasil do sul, habitável, pronto para receber os europeus e seu progresso, um lugar no qual a civilização ia se desenvolvendo, em contraposição a um norte, quente, pestilento e bárbaro, que, apesar de mais próximo geograficamente da Europa, paradoxalmente se encontrava às margens da civilização, principalmente em virtude de seu clima, que dificultava a entrada do progresso vindo do Velho Continente, como fica evidente no trecho a seguir:…”
Section: Artigosunclassified
“…Aos poucos os franceses iam desenhando essa noção que ganharia força no Brasil, tanto do século XIX quanto do século XX, para não falarmos dos dias atuais. 5 E essas questões, que trazem o sul do país como mais dotado das características para o desenvolvimento civilizacional, em contraposição ao norte, aparecem ainda de maneira mais sutil nos escritos da Revue, como nos elogios ao seu clima mais propenso ao assentamento dos europeus, o que o torna, assim, mais propenso ao progresso 6 que se 5 Um exemplo do quanto essa visão ainda é marcante na sociedade brasileira da atualidade é a eleição presidencial de 2014, que expôs uma série de discursos de ódios direcionados às populações do Norte e Nordeste do Brasil (SILVA, 2016;SILVA, 2017;HOLANDA;SCANONI;SIQUEIRA, 2016 Dessa forma, vai se definindo entre os franceses a noção de que havia um Brasil do sul, habitável, pronto para receber os europeus e seu progresso, um lugar no qual a civilização ia se desenvolvendo, em contraposição a um norte, quente, pestilento e bárbaro, que, apesar de mais próximo geograficamente da Europa, paradoxalmente se encontrava às margens da civilização, principalmente em virtude de seu clima, que dificultava a entrada do progresso vindo do Velho Continente, como fica evidente no trecho a seguir:…”
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