Análise Dos Níveis De Investigação De Planos E Aulas Desenvolvidos Por Uma Professora Em Formação Inicial Em Química

Abstract

A fim de proporcionar aos estudantes uma educação que possibilite que eles participem de processos relativos à investigação científica, como a obtenção de dados, análises de variáveis, investigação de um determinado problema e elaboração de hipóteses, alguns professores têm buscado utilizar a abordagem do Ensino por Investigação. Nessa abordagem de ensino, o docente assume um papel de mediador na construção dos conhecimentos e os estudantes podem participar de forma mais ativa das aulas, discutindo com seus colegas e professor sobre o problema investigado e apresentando as possíveis soluções para tal problema. Contudo, planejar aulas e construir planos na perspectiva do Ensino por Investigação é uma tarefa complexa para professores experientes e, principalmente, aqueles em formação, já que eles precisam assumir um papel mais interativo. Para tanto, é necessário propiciar momentos para que os professores, e professores em formação inicial, possam desenvolver planejamentos, materiais didáticos e planos de aula segundo o Ensino por Investigação. Nesse sentindo, esta pesquisa tem como objetivo a análise dos níveis de investigação propostos em planos e durante a regência de aulas, desenvolvidos por uma licencianda, relacionados a uma sequência de aulas sobre o conteúdo quantidade de matéria, enfatizando a definição de Mol. Por meio dos resultados, é possível perceber que a professora em formação inicial tem dificuldades de construir um plano que apresente, detalhadamente, ações para desenvolver os principais elementos pedagógicos do Ensino por Investigação. Entretanto, por meio da regência das aulas e da participação dos alunos, a licencianda alcançou níveis mais elevados de investigação em relação àqueles que haviam sido propostos nos planos.

Repensar Da Prática Docente Considerando a Perspectiva Do Ensino Por Investigação E Da Metacognição

“…Assim, esse indivíduo que consegue concatenar os conteúdos conceituais de ciências com o seu cotidiano e se posiciona criticamente perante as situações que envolvam a ciência e a sociedade pode ser considerado como alfabetizado cientificamente. Silva et al (2021) analisaram uma licencianda de química sobre suas concepções com relação ao EnCI e observaram muitas lacunas formativas e que puderam ser retomadas durante o processo, sendo que muitos outros trabalhos (CARDOSO; SCARPA, 2018;SANTANA et al, 2017) têm indicado a mesma dificuldade formativa.…”