Os Transtornos de Ansiedade (TAs) são condições caracterizadas por um estado de ansiedade exacerbado e que afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas. Dentre os possíveis tratamentos farmacológicos para as TAs, os benzodiazepínicos (BDZs) surgem como uma das principais e, embora tragam um alívio imediato para os sintomas, também causam grande dependência e tolerância. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo entender de que forma o farmacêutico pode atuar para auxiliar no controle do uso excessivo de benzodiazepínicos para o tratamento de transtornos de ansiedade. O estudo trata-se de uma revisão de literatura, com levantamento de textos que tratam sobre o assunto nos acervos digitais Google Acadêmico, SciELO (Scientific Electronic Library Online) e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), com recorte temporal dos últimos 10 anos (2013-2023). Através da pesquisa, identificou-se que o abuso de BDZs é um fenômeno complexo e envolve práticas como a automedicação, o desrespeito às orientações médicas quanto ao período de uso e à dosagem recomendada, ou até mesmo a ausência dessas orientações. Nesse contexto, os profissionais farmacêuticos têm um papel ativo a desempenhar no controle do abuso dessa classe de medicamentos, com no fornecimento orientações sobre a duração do tratamento, a dosagem adequada, os efeitos colaterais potenciais e os riscos de dependência e tolerância associados ao uso prolongado dessas substâncias. Além disso, eles podem desempenhar um papel fundamental no controle da distribuição desses medicamentos, de acordo as regulamentações estabelecidas pelos órgãos de controle em relação à prescrição e ao receituário. Assim, é possível concluir que os farmacêuticos podem ser agentes ativos na redução da incidência do uso inadequado e excessivo de BDZs.