Análise de protocolos de atendimento da atenção primária às mulheres vítimas de violência doméstica

Abstract

Objetivo: Analisar os estudos científicos acerca dos protocolos de atendimento da atenção primária às mulheres vítimas de violência doméstica. Métodos: Revisão integrativa da literatura (RI) com levantamento bibliográfico realizado por meio das plataformas BVS, SciELO e LILACS durante os meses de maio e junho de 2022 aos quais foram incluídos estudos, publicados entre 2012 e 2022, retratando a importância da atenção básica para a identificação de situações de violência, promoção do cuidado e do acesso à informações sobre serviços da rede de apoio, bem como a responsabilidade de acolher, atender e acompanhar as mulheres em situação de violência, seguindo as dimensões da linha de cuidado, sabendo como conduzir a mulher vítima de violência, com o conhecimento da rede, encaminhamentos adequados, orientações sobre os Direitos Legais, conforme Legislação em vigor, além da realização das notificações. Resultados: Foram obtidos 12 protocolos que compuseram a amostra final do presente estudo. Conclusão: Os estudos demonstram que há escassez de trabalhos publicados, interpretando-se como falta de prioridade dos poderes públicos em pautar a violência de gênero, além de reforçar a importância de investimento de novos estudos em relação à temática.

Assistance flow direction to women victims of domestic violence from primary health care

“…Os serviços da Rede de Atenção em Saúde devem proporcionar facilidade e ampliação do acesso. Nesse sentido, o profissional que fizer o encaminhamento da mulher deve certificar que a vítima será acolhida no serviço de referência, sendo ideal a realização de um contato prévio com o local para inteirar o caso, assim como compartilhar com a vítima todo esse processo que ela estará sendo submetida (DELZIOVO et al, 2022;OLIVEIRA et al, 2022).…”

“…Ressalta-se que o crime inclui todo ato violento baseado no gênero que atenta contra a integridade da vítima, correspondendo a qualquer tipo de ameaça, coerção ou privação da Liberdade (WHO, 2013). Assim, pode-se afirmar que a VDCM é uma consequência da desigualdade de gênero que perpassa fronteiras socioeconômicas, culturais, temporais e espaciais (OLIVEIRA et al, 2021;OLIVEIRA et al, 2022).…”