Análise de competitividade em clusters de negócio: uma consolidação de parâmetros

Abstract

Compreender a competitividade dos clusters requer uma análise para além da concentração geográfica, contemplando outros fatores determinantes desta competitividade. No entanto, não existe consenso em relação a estes fatores e, consequentemente, não há uma consolidação das métricas para operacionalizá-los, constituindo um entrave para realização de estudos aplicados a esses objetos. Diante disso, o objetivo deste estudo foi identificar, comparar e consolidar modelos empregados na análise da competitividade de clusters a partir de estudos nacionais. Para tanto, realizou-se uma revisão sistemática em artigos da base SPELL publicados entre 2000 e 2016. Identificou-se a utilização de dezessete modelos, contemplando vinte fatores de competitividade e, para cada fator, consolidou-se uma métrica e seu referencial de avaliação. Os fatores de competitividade mais relevantes foram a cooperação, e, abrangência de negócios viáveis e relevantes. A contribuição desta pesquisa é predominantemente metodológica fundamentada no fornecimento de parâmetros consolidados para análise da competitividade de clusters de negócios.

Sustainable Practices and Competitiveness in a Tourism Cluster

“…A estrutura de clusters oferece tanto melhorias no desempenho competitivo de um empreendimento quanto a sobrevivência no mundo globalizado ao possibilitar redução de custos de operação, ampliação de economias de escala, ampliação do escopo de atuação mercadológico, promoção de inovações e outras ações compartilhadas (Azevedo, Pereira, & Mascena, 2020).…”

“…Apesar de atuar como um mecanismo facilitador de desenvolvimento e alcance de objetivos, é importante ressaltar que a formação de clusters não garante automaticamente o crescimento, ganhos econômicos e competitividade (Azevedo et al, 2020;Schmitz, 1997). Há outros fatores, ou fundamentos, diretamente associados à vantagem competitiva desse tipo de aglomeração, como a concentração geográfica, as relações de cooperação e disseminação de conhecimento, a capacidade de inovação derivada de relacionamentos entre esses participantes além do acesso e/ou compartilhamento de ativos de infraestrutura, mão-de-obra e fornecedores (Azevedo et al, 2020).…”