Objetivo: O objetivo deste estudo foi determinar se o encaminhamento de pacientes com dor musculoesquelética crônica para o reumatologista é realizado corretamente. Método: Foram revistas as fichas de encaminhamento para reumatologia do Centro de Saúde Escola de Sorocaba (CSE). Apuraram-se os dados demográficos, clínicos e terapêuticos, os motivos de encaminhamento e a qualidade dos dados. Foram analisados se houve registro das variáveis mencionadas, o tempo de espera para consulta e a qualidade do preenchimento da ficha de encaminhamento. Resultados: Foram analisados 63 guias de referência e respectivos prontuários. A maioria deles é de pacientes do sexo feminino e da faixa etária entre 50 e 70 anos. Em relação às hipóteses diagnósticas, a maior prevalência nas mulheres foi de osteoartrite seguida de fibromialgia, e fibromialgia e artrite reumatoide entre os homens. Dezesseis pacientes não tinham hipótese registrada. A maior parte queixava-se de dor generalizada. Observou-se que um número importante de fichas de referência e prontuários não registrava os medicamentos nem as medidas não medicamentosas. Chamou a atenção o fato de que não houve nenhuma ficha ou prontuário considerado completo. Conclusão: O encaminhamento de pacientes com dor musculoesquelética crônica do setor primário para a especialidade reumatologia tem falhas importantes.