O crescimento das cidades juntamente com a formação desordenada de grandes metrópoles ao redor do mundo resulta em grandes mudanças no uso e ocupação do solo. Porém, há poucos estudos que relacionem a expansão urbana e seus efeitos nas cidades do Nordeste do Brasil (NEB). Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a expansão urbana em Maceió-Alagoas entre 1985 e 2020 a partir de produtos orbitais Land Surface Temperature (LST) e Normalized Difference Vegetation Index (NDVI), com a finalidade de detectar as mudanças e os seus efeitos ambientais. Para isto foram utilizados produtos orbitais adquiridos dos sistemas-sensores Landsat 5/Thematic Mapper (TM) e 8/Operational Land Imager (OLI). No estudo utilizaram-se quatro imagens para a observação da variação espaço-temporal da urbanização, correspondente aos anos de 1987,1998, 2006 e 2020. Os mapas temáticos de NDVI e LST foram gerados a partir do software de ambiente R. Os resultados obtidos apontaram alterações substanciais no uso e ocupação do solo detectado pelo NDVI, e aumento na LST ao longo dos 35 anos. Tal variabilidade ocorreu nos bairros localizados na porção norte e noroeste da cidade, resultante dos programas de incentivo do Governo Federal na década de 2009, principalmente o Complexo do Benedito Bentes (CBB) com as maiores transformações no uso e ocupação do solo, principalmente o maior aumento na LST entre 7,5-10,0°C. Os efeitos produzidos pela expansão urbana foram atenuados devido as áreas de proteção ambiental.