Análise da performance muscular de atletas submetidos à reconstrução do ligamento cruzado anterior após programa de reabilitação

Abstract

As lesões ligamentares de joelho vêm sendo amplamente discutidas nos últimos anos, impulsionado pelo elevado número de casos na prática esportiva. O objetivo desse estudo foi comparar o desempenho muscular de atletas que participaram de um programa de reabilitação após reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA), por meio de um software desenvolvido para avaliar parâmetros como pico de torque, trabalho total e potência muscular. Foram avaliados 59 atletas amadores, submetidos a reconstrução do LCA com enxerto do grupo muscular flexor, com 6 meses de reabilitação iniciada imediatamente a cirurgia. A avaliação foi constituída por 5 contrações isocinéticas concêntricas com velocidade constante de 60º/s para flexão e extensão do joelho realizadas no dinamômetro isocinético. Os dados obtidos foram analisados por meio do software Análise da Performance Muscular na Dinamometria Isocinética®, desenvolvido para a realização desse estudo. Os resultados obtidos permitiram observar uma diferença de mais de 10% entre os lados para o pico torque, trabalho total e potência máxima (p<0,05) sendo que o grupo muscular extensor apresentou valores menores para o lado operado. O grupo muscular flexor não apresentou diferença significativa das mesmas variávei. O software desenvolvido em linguagem C /Matlab permitiu melhor visualização, interpretação e análise da performance muscular, oferecendo resultados consistentes para todos os atletas avaliados. Os resultados indicam que os 6 meses de reabilitação não foram suficientes para promover simetria de força entre os lados para o grupo muscular extensor do joelho, indicando um risco de retorno ao esporte nesta fase do tratamento.

Análise da resistência muscular, torque máximo, potência máxima e trabalho total no dinamômetro isocinético a 180°/s em indivíduos com 6 meses após reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA)

“…Não foi observada diferença significativa para a potência máxima e no trabalho dos flexores de joelho do membro que passou pela reconstrução do LCA e o sadio, quando avaliado a 60°/s no Dinamômetro Isocinético. (Nogueira et al, 2022).…”

“…Foram excluídos indivíduos do sexo feminino, que utilizaram outros tipos de enxertos, que fazem o uso de prótese no joelho, que sofreram com outras lesões nos membros inferiores dentro de 12 meses, amputados, cardiopatas ou portadores de patologias neurológicas ou pulmonares. Além disso, não foram computados os dados daqueles que não autorizaram, por meio do questionário enviado via google forms (https://forms.gle/dSHDz9DxvH6kVeUH9), o uso do resultado da força, potência e resistência muscular para fins de pesquisa, sem apresentação de dados pessoais, além também dos que fizeram a avaliação Research, Society and Development, v. 11, n. 12, e366111234425, 2022 (CC BY 4.0) (Nogueira et al, 2022), que serviu para a análise e interpretação dos resultados permitindo a comparação da performance com o membro contralateral sadio.…”

“…Visando o principal objetivo do presente trabalho sendo a análise do comportamento da resistência muscular, ou seja, da fadiga muscular, nos indivíduos no sexto mês após a reconstrução do LCA, os dados obtidos foram analisados por meio do software Análise da Performance Muscular na Dinamometria Isocinética®️ (Nogueira et al, 2022). Através do mesmo foi possível obter os valores dos picos de torque, potência máxima e trabalho total, para cada série, bem como os seus gráficos respectivos.…”