A depressão, uma condição psiquiátrica crônica e recorrente, é caracterizada por flutuações emocionais, incluindo irritabilidade, falta de motivação, mudanças no sono e no apetite, sentimentos persistentes de tristeza, angústia e culpa, bem como baixa autoestima, associada à dificuldade de concentração, pensamentos suicidas e indecisão. O objetivo deste trabalho foi descrever os desfechos da farmacoterapia empregada no tratamento da depressão em crianças e adolescentes. Realizou-se uma revisão integrativa nas bases de dados da MEDLINE e LILACS com os descritores: Depressive Disorder, Antidepressive Agents, Child and Adolescent. Foram artigos disponíveis na íntegra para leitura, publicados nos últimos cinco anos, nos idiomas inglês, português ou espanhol, que tratem de crianças e adolescentes. Foram excluídos estudos repetidos, de revisão, dissertações ou teses, ou que não abordem resultados sobre tratamento farmacológico. A amostra final foi composta por oito artigos. A eficácia de intervenções farmacoterapêuticas, como o uso de cetamina e fluvoxamina, na redução dos sintomas depressivos em crianças e adolescentes, enquanto também sugerem uma associação entre níveis de citocinas inflamatórias e a gravidade dos sintomas depressivos, além de destacar a influência de traços de personalidade na resposta ao tratamento antidepressivo. Conclui-se que as intervenções farmacológicas foram associadas a melhorias significativas nos sintomas depressivos, variando desde o uso de cetamina intravenosa, fluvoxamina, antidepressivos convencionais e sertralina.