“…Esse tipo de estudo (do periódico sobre si próprio) é, basicamente, de três gêneros: i) histórico e memorialístico, como a autoanálise de Politix, que propõe avançar uma sorte de "ego-sociologia", já que é redigido pelos próprios fundadores da revista (Briquet & Sawicki, 2012); ii) quantitativo e descritivo, documentando, a partir de frequências simples, temas e objetos preferenciais de estudo a fim de mostrar a agenda do periódico, como são os balanços da Party Politics (Janda, 2015) e da America Latina Hoy (Freidenberg & Vásquez, 2012), por exemplo; ou iii) analítico e contextual, como o estudo bibliométrico sobre Dados que calcula, através da cartografia das referências mais citadas e das temáticas mais mencionadas na história da revista, o perfil e a vocação do periódico desde a sua origem. A análise comprovou a existência de uma forte conexão entre a agenda editorial de Dados e as mudanças operadas no contexto político e social nacional durante meio século: "a produção acadêmica [da revista Dados] se revela como contemporânea aos fatos, à dinâmica social e política [do Brasil], e não ex-post" (Campos, Feres Júnior & Guarnieri, 2017, p. 56).…”