Este artigo aborda os desafios práticos e conceituais que emergem das relações cosmopolíticas no contexto do Antropoceno. Identifico por meio da leitura do livro A Queda do Céu (2015) os atores mobilizados no discurso do xamã Yanomami Davi Kopenawa, suas alianças com diferentes agentes políticos, notadamente não humanos e suas estratégias de resistência frente às adversidades. Neste sentido, investigo a prática xamânica e suas tecnologias, sobretudo a dos sonhos, como formas de resiliência e crítica ao colapso ambiental e humanitário causados pela atividade ilegal do garimpo na Terra Indígena Yanomami.