Abstract:Neste artigo, abordamos, através das "Cartas de Petrópolis" escritas, em 1886, por Joaquim Nabuco para o jornal O País, a temática da natureza e da sensibilidade. O ponto de partida para nossa análise são as reflexões de Nabuco sobre a devastação ambiental, o desperdício das finanças públicas e o saneamento urbano em Petrópolis no final do século XIX. Destacamos também os cronistas que coadjuvavam com o pensamento do jornalista em relação ao que podemos caracterizar por "crimes ambientais" denunciados pela imp… Show more
“…Autores como Froehlich (2000), Pádua (2004), Murari (2005), Tavolaro (2008Tavolaro ( , 2011Tavolaro ( , 2013, Santos (2010Santos ( , 2012, Ertzogue (2013), Losada (2016) têm investigado, na produção ensaística sobre o Brasil, referências a propósito da natureza tropical em articulação com os temas modernidade, cultura e crítica ecológica. Nessa seara, este artigo tem o objetivo de levantar contribuições centradas na interdependência entre humanos e não-humanos.…”
O objetivo deste artigo é analisar o papel do ambiente nas interpretações do Brasil desenvolvidas por Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior. Destaca-se, trazendo para primeiro plano, como a natureza está presente na formação social brasileira, segundo esses autores. A leitura realizada do pensamento dos três intelectuais centra-se nas suas principais obras, lançadas entre os anos de 1933 e 1945: Casa Grande e Senzala (1933) e Nordeste (1937) de Gilberto Freyre, Raízes do Brasil (1936) e Monções (1945) de Sérgio Buarque de Holanda e Formação do Brasil Contemporâneo (1942) de Caio Prado Júnior. De maneiras distintas, os não humanos emergem nessas obras como personagens ativos na construção histórica da sociedade brasileira, em uma abordagem integrada e ainda importante para os debates envolvendo a dualidade cultura-natureza no âmbito da História Ambiental.
“…Autores como Froehlich (2000), Pádua (2004), Murari (2005), Tavolaro (2008Tavolaro ( , 2011Tavolaro ( , 2013, Santos (2010Santos ( , 2012, Ertzogue (2013), Losada (2016) têm investigado, na produção ensaística sobre o Brasil, referências a propósito da natureza tropical em articulação com os temas modernidade, cultura e crítica ecológica. Nessa seara, este artigo tem o objetivo de levantar contribuições centradas na interdependência entre humanos e não-humanos.…”
O objetivo deste artigo é analisar o papel do ambiente nas interpretações do Brasil desenvolvidas por Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior. Destaca-se, trazendo para primeiro plano, como a natureza está presente na formação social brasileira, segundo esses autores. A leitura realizada do pensamento dos três intelectuais centra-se nas suas principais obras, lançadas entre os anos de 1933 e 1945: Casa Grande e Senzala (1933) e Nordeste (1937) de Gilberto Freyre, Raízes do Brasil (1936) e Monções (1945) de Sérgio Buarque de Holanda e Formação do Brasil Contemporâneo (1942) de Caio Prado Júnior. De maneiras distintas, os não humanos emergem nessas obras como personagens ativos na construção histórica da sociedade brasileira, em uma abordagem integrada e ainda importante para os debates envolvendo a dualidade cultura-natureza no âmbito da História Ambiental.
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