A tualmente, a Sociologia das Profissões, de origem anglo-saxônica e inspiração neoweberiana, abandonou a discussão sobre os critérios que podem definir o tipo ideal de profissão (Sacks, 2010). Contudo, continua a colocar a hipótese do profissionalismo resistir à lógica das organizações burocráticas, especialmente quando estas dependem, funcional e institucionalmente, da autoridade legal do Estado (Noordegraaf, 2007).Em consequência, continua-se a reproduzir uma explicação sobre a profissionalização do trabalho na base da existência de uma potencial dicotomia entre burocracias e profissões. Uma perspectiva de análise que legitimou e legitima dois modelos de explicação para o poder profissional: o modelo continental e o modelo liberal (Sciulli, 2005). No entanto, reconhece-se que na Europa ocidental, primeiro devido ao desenvolvimento do Estado Providência e posteriormente ao desenvolvimento da nova gestão das políticas públicas (new public management -NPM), há uma progressiva convergência histórica na análise sobre o poder das profissões que tende a superar as divergências existentes (Svensson e Evetts, 2010).Esta convergência histórica pode ter uma fundamentação teórica weberiana. Burocratização e profissionalização podem ser vistos como