Alteridade e empatia: virtudes essenciais para a formação do cirurgião-dentista

Abstract

Recebido em 14/12/2017. Aprovado em 18/03/2018. RESUMOO atendimento profissional vinculado à saúde se deve a certas premissas que ultrapassam o aspecto meramente técnico. Para que transformações ocorram, a atenção às mudanças curriculares é indispensável durante a formação do cirurgião-dentista. O ensino superior carece de estratégias que remodelem a forma de se pensar o outro. Empatia e alteridade são virtudes que, se desencadeadas, podem alterar a relação profissional-paciente. Buscou-se elucidar o significado desses conceitos, como proposta reflexiva em consonância com o atendimento humanizado em saúde, as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), e o contato com o Sistema Único de Saúde (SUS), como propulsores de transformações no meio acadêmico. Adotou-se a revisão narrativa da literatura, pela pesquisa documental, contemplando a legislação nacional acerca da educação superior em Odontologia, somada a consulta às bases científicas Medline, LILACS e SciELO. As palavras-chave empregadas foram: alteridade, empatia, empathy, humanização da assistência e humanization of assistance, no período de 2004 a 2017. Foram selecionados textos completos na área odontológica que contemplassem a interrelação entre os temas. A síntese qualitativa da literatura consultada permitiu a observação de que houve uma mudança, ainda não totalmente concretizada, mas relevante, com relação à ultrapassagem do foco apenas técnico e curativo, como bem proposto nas DCN e tão almejado pelo SUS quanto ao profissional ingressante na vida pública. Concluiu-se que o atendimento humanizado em Odontologia ainda é um desafio. Contudo, mudanças acadêmicas que suscitem o despertar das virtudes de alteridade e empatia devem se concretizar. Descritores: Virtudes. Educação Superior. Sistema Único de Saúde.

Experiência de estudantes na divulgação da imagem de pacientes odontológicos

“…Ainda assim, quando o estudante se coloca no lugar do paciente, percebese que muitos não gostariam de ter sua privacidade exposta em redes sociais, mesmo nos casos em que o anonimato estivesse garantido. Neste sentido, a incorporação do princípio da empatia no processo de ensino-aprendizagem pode colaborar com o desenvolvimento da dimensão moral dos estudantes uma vez que se permitiriam ao exercício de se colocar no lugar do paciente, compreendendo a importância do respeito à privacidade e confidencialidade 22 .…”