AGRADECIMENTOSAgradeço à minha orientadora, Profa. Dra. Adriana Inocenti Miasso, por acreditar em meu potencial, pelas oportunidades, por compartilhar seus conhecimentos e preocupar-se com meu futuro.Aos professores que passaram pela minha vida, deixando um pouco de si e contribuindo com minha formação pessoal e profissional.A todos os que, de alguma forma, contribuíram com o desenvolvimento deste projeto de pesquisa com informações, questionamentos, críticas, sugestões e correções.Aos bons amigos que tive a felicidade de encontrar ao longo da vida, por compartilharem comigo momentos alegres e difíceis.Agradeço, de maneira especial, a todos os indivíduos com esquizofrenia e familiares que contribuíram substancialmente com a pesquisa, ao compartilhar comigo a própria história de vida, experiências, conhecimentos e sentimentos.
RESUMOVEDANA, K.G.G. Convivendo com uma ajuda que atrapalha: o significado da terapêutica medicamentosa para a pessoa com esquizofrenia. 2011. 159 f. Tese (Doutorado) -Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011.A esquizofrenia é um transtorno mental que provoca a desorganização de diversos processos mentais. Trata-se de uma condição crônica com expressivo impacto em termos de sobrecarga pessoal e social. O tratamento medicamentoso contínuo é necessário para evitar recaídas e manter o paciente no melhor nível de funcionamento possível. Este estudo teve como objetivo compreender o significado da terapêutica medicamentosa para a pessoa com esquizofrenia, em sua perspectiva e na de seu familiar, e formular um modelo teórico sobre o fenômeno estudado. Para tanto, foi adotado como referencial teórico o Interacionismo Simbólico e, como referencial metodológico, a Teoria Fundamentada nos Dados. A pesquisa foi desenvolvida em um Serviço Ambulatorial de Clínica Psiquiátrica de um hospital universitário, um Núcleo de Saúde Mental e um CAPS II, localizados no interior do estado de São Paulo -Brasil. Pelo processo de amostragem teórica, foram selecionados para o estudo 36 pessoas com esquizofrenia e 36 familiares. A entrevista e a observação foram as principais estratégias utilizadas para a obtenção dos dados que foram coletados no período de 2008 a 2010. Os dados coletados foram transcritos e, posteriormente, analisados em três etapas: codificação aberta, axial e seletiva. Verificou-se que, ao ser acometido pela esquizofrenia, o paciente percebe-se "vivendo dias difíceis" e identifica no medicamento uma possibilidade de melhora. "Pesando o custo-benefício do medicamento" e "identificando obstáculos e incentivos para o tratamento" o paciente implementa estratégias "agindo em busca de alívio" para o sofrimento causado pela esquizofrenia ou pelo tratamento medicamentoso. Entretanto, esse indivíduo se julga "permanecendo em um labirinto", pois não encontra uma saída para livrar-se do transtorno e da necessidade da farmacoterapia. A experiência descrita se centraliza no fenômeno "CONVIVENDO COM UMA AJUDA QUE ATRAPALHA" que representa o significado da terapêutica m...