Aliança terapêutica, vinculação parental e sintomatologia de pacientes adultos que iniciam psicoterapia

Abstract

A aliança terapêutica (AT) é uma variável chave para o processo de mudança, sendo afetada por fatores do terapeuta e do paciente. Este estudo investigou a relação entre AT, vinculação parental e sintomatologia de pacientes em Psicoterapia Psicanalítica. Foram examinados 57 pacientes adultos entre a 4ª e a 5ª sessão de tratamento com medidas de avaliação da AT, da vinculação com os pais na infância e adolescência e de sintomas psicopatológicos. Associações positivas entre AT e cuidados da mãe e associações negativas entre AT e controle da mãe foram encontradas. Além disso, foram constatadas diferenças na AT entre os estilos parentais "cuidado ótimo" e "controle sem afeto" da mãe. Não houve associação entre AT e sintomas. Por outro lado, diversos sintomas mostraram associação positiva com o controle do pai. Os resultados indicam que a AT está relacionada com a história pregressa de vinculação do paciente e esta história tem relação com seu quadro clínico atual, evidenciando a complexidade dos processos que ocorrem na psicoterapia.

Therapeutic Alliance: Associations with Childhood Trauma and Parental Bonding

“…Several studies (Bachelor et al, 2010;Lima & Serralta, 2017;Siefert & Hilsenroth, 2015;Serralta et al, 2018;Smith, Msetlfi & Golding, 2010) have shown results that suggest that the patient's type of attachment influences the initial development of therapeutic alliance. A meta-analysis of 17 empirical studies demonstrated that secure attachment was positively associated with good therapeutic alliance, while insecure attachment was negatively associated with it (Diener & Monroe, 2011).…”