“…Além disso, a forma com que a estrutura tributária evoluiu acabou propiciando uma maior autonomia aos governos estaduais e municipais, sendo que cada um deles possuem legislações próprias, ou seja, cada Estado, cada Município podem determinar as alíquotas a cobrarem de seus respectivos impostos e podem também criar incentivos fiscais para que empresas se instalem em seus territórios geográficos (Prado, 2016). Haja vista a complexidade da distribuição dos tributos entre os entes federativos, na tentativa de minimizar as guerras fiscais, o Brasil editou, desde a promulgação da Constituição Federal em 1988 até o ano 2016, cerca de 363.779 normas vinculadas aos tributos, o que representa aproximadamente 1,88 normas tributárias por hora em um dia útil (Raicoski, 2017).Considerando que a alta carga dos tributos afeta tanto as pessoas físicas quanto as pessoas jurídicas (Martinez & Ramalho, 2017), destaca-se que uma empresa de médio porte instalada no Brasil gasta em média 2.000 horas por ano entre apurar e pagar os tributos (The world bank, 2020). E, no que se refere a facilidade para se fazer negócios, o Brasil encontra-se na 124ª posição, de acordo com o ranking de 190 economias, em que um dos parâmetros para mensuração da posição no ranking é o cenário tributário do país (The world bank, 2020).…”