Agravos e assistência à saúde em um sistema prisional

Abstract

Objetivo: Identificar os principais problemas de saúde enfrentados pelos detentos de um Sistema prisional. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa. Foi realizado na unidade prisional do município de Santa Izabel, situado à região Metropolitana do Estado do Pará, localizado a 38 km da capital Belém e teve como participantes seis enfermeiros. A coleta de dados foi orientada por meio de entrevista semiestruturada em duas linhas: identificação do perfil dos entrevistados e perguenta sobre os agravos e assistência prisional, e para a análise dos dados foi utilizada a análise do conteúdo. Resultados: Foram identificados agravos diversos com pertinência a Tuberculose. A assistência de enfermagem tem enfrentado desafios quanto a segurança das ações em função das características do serviço, no entanto, estes profissionais têm buscado se capacitar frente a condição especial do trabalho. Conclusão: Os agravos no sistema penal em estudo se alinham com a realidade de outros cenários na mesma condição. A assistência de enfermagem sensível a realidade e necessidades destes locais também pode contribuir para o controle das diversas enfermidades citadas.

Delineamento das ações de vigilância epidemiológica em um ambiente prisional: a tuberculose em foco

“…Ao destacar a importância de ações educativas, que devem ser dirigidas às diversas categorias integradas à comunidade, os profissionais entrevistados reforçam também a importância dos grupos considerados confiáveis pela população prisional, já que são uma importante fonte de informação, sensibilização, e incentivo à busca do diagnóstico, e à adesão ao tratamento. Esses, considerados promotores de saúde, por terem facilidade de acesso aos detentos, e por desfrutarem de sua confiança, poderão disseminar informações, incentivar a busca por diagnóstico, facilitar a comunicação entre o serviço de saúde e os detentos, apoiando no tratamento, e participando de atividades de busca ativa de casos em articulação com o pessoal da saúde, conforme a seguinte pergunta [21].…”

Micro-Elimination of Hepatitis C in the Incarcerated Population: Is It Really Possible?

“…Furthermore, besides overcrowding, factors such as poor sanitary conditions, minimal infrastructure, and lack of human resources in prison units further complicate the situation (11) . The difficulty in implementing health-oriented actions can be attributed to the small number of public security agents in prisons, impossibility of granting safety of the people involved in these actions, and lack of knowledge of health professionals about the preca rious reality of prison systems (12)(13) . In addition, prison outpatient clinics are poorly managed and do not provide adequate medical care, which also facilitates disease transmission (14) .…”

“…Even if medical equipment (such as stretcher and dental chair) is available, these prisons lack trained and qualified staff for medical consultations (17) . The current status of the prison system has multiple structural limitations and lacks the necessary conditions to take actions aimed at improving the inmate's access to adequate health services (13) .…”