The proposal of this article is to understand how the concept of perverse montage can contribute to offer a range of representations outside the square of crystallized concepts. To that end, this text appropriates the discourse and images of Nin magazine to address how the publication presents perverse elements for the redefinition of identities, sexuality, gender and desire, not only to present embedded signs on these subjects, offering a condition of positive perverse montage.Keywords: Revista Nin. Montage. Perversion.
RESUMOA proposta desse artigo é de compreender como o conceito de montagem perversa pode contribuir para oferecer um leque de representações fora do esquadro de conceitos cristalizados. Para isso, esse texto se apropria do discurso e das imagens da revista Nin e aborda como a publicação apresenta elementos perversos para a redefinição de identidades, sexualidade, gênero e desejo, não se limitando apenas em apresentar signos engessados sobre esses assuntos, oferecendo uma condição de montagem perversa positiva.
INTRODUÇÃONão raro as significações e sentido de perversão estão associados a percepções que remetem a desprezo, agressividade, repugnância, àquilo que pode ser ofensivo e repulsivo. Essas noções ganham proporções mais ofensivas quando o assunto é sexualidade. De fato, existe a possibilidade de as perversões serem enquadradas como algo associado ao horror. Em contrapartida, elas podem ser compreendidas como alternativas a sistemas opressores e controlados que forjam subjetividades, corpos e, principalmente, valores éticos e morais. Não existiria a subversão se não houvesse constituições que prezam pela normatização e disciplina. Essas considerações são importantes para verificar que discursos e práticas perversas podem ser interessantes e necessários para o sistema social, uma vez que se tornam manifestações políticas porque oferecem