RESUMO -Este trabalho teve como objetivo investigar a adsorção de cobalto utilizando quitina como adsorvente. Foram estudados os efeito do pH (1-6), tempo de contato (0-5 h), e temperatura (30-45 °C). Para a análise cinética, utilizaram-se os modelos de pseudo-primeira ordem e pseudosegunda ordem. Para o estudo de equilíbrio foram utilizados os modelos de Langmuir e Freundlich. Foram estimados os valores das variações e da energia livre de Gibbs, entalpia e entropia. Os resultados mostraram que o pH 6 foi o mais adequado para a adsorção. O modelo de pseudo-segunda ordem foi apropriado para a cinética de adsorção e o modelo de Langmuir foi adequado para representar o equilíbrio. A adsorção foi um processo endotérmico. A capacidade máxima de adsorção foi de 50 mg g -1 e o percentual de remoção alcançou 94%. Tais resultados apontam a quitina como um adsorvente promissor para a recuperação de cobalto.
INTRODUÇÃOO rápido crescimento industrial gerou uma série de problemas em relação à poluição, e entre eles está o despejo, no meio ambiente, de efluentes contendo metais pesados. Devido à sua toxicidade e impossibilidade de biodegradação, esses metais prejudicam ecossistemas aquáticos, e a contaminação de águas destinadas ao consumo humano tornou-se uma grave questão de saúde pública (Demirbas, 2008). Dentre esses metais poluentes, está o cobalto. Relativamente raro e caro, está presente na indústria metalúrgica, eletrônica, de mineração e de tintas (Gupta e Ali, 2013). Sobre o seu perigo, concentrações mais elevadas de Co 2+ são prejudiciais à saúde humana, provocando diversos efeitos relacionados à cardiomiopatia, carciogenicidade, asma brônquica, genotoxicidade, doenças neurotoxicológicas e defeitos ósseos (Kudesia, 1990).Existem diversos métodos para recuperar íons metálicos de águas residuais (Kumar e Acharya, 2013), mas, para concentrações mais baixas, a técnica mais recomendada é a adsorção. Esta operação tem se mostrado excelente por oferecer vantagens como facilidade de operação, rentabilidade e eficiência (Demirbas, 2008). É importante, porém, que o adsorvente utilizado seja de baixo custo e presente em larga escala. Assim, nestes últimos anos vem surgindo o interesse na utilização de adsorventes derivados de materiais residuais, que têm apresentado grande eficiência na recuperação de metais (Gupta e Ali, 2013) A quitina é a segunda substância orgânica mais abundante na biosfera, sendo que a principal matéria-prima para sua produção são as carapaças de crustáceos originadas no processamento industrial de frutos do mar (Campagna-Filho et al., 2007). Por possuir grupos Área temática: Engenharia das Separações e Termodinâmica 1