Considera-se o consumo de bebidas alcoólicas a droga psicotrópica mais utilizada entre os jovens, tornando um problema de saúde pública, devido seu consumo iniciado cada vez mais precoce, e os riscos que esse consumo pode acarretar como aumento dos atendimentos emergenciais em unidades hospitalares, acidentes automobilísticos, maior possibilidade de uso de drogas ilegais, comportamento violento e pior desempenho escolar. O padrão de consumo excessivo de álcool, ou consumo episódico excessivo, conhecido como “binge drinking”, é um importante problema social e de saúde. A adolescência é cercada por muitas descobertas e, sobretudo, ao início do consumo de substâncias psicoativas, como o álcool, que transcorrem normalmente em contexto de socialização sem monitoramento de um adulto. Buscando identificar possíveis fatores que possam contribuir para a proteção desse público ao consumo de bebidas alcoólicas o objetivo investigar a associação da religiosidade e outros fatores epidemiológicos no beber em “binge” por adolescentes de 14 anos de idade. A taxa de prevalência de consumo em “binge” de álcool foi de 30,1% (n = 177). Pela análise bivariada verificou-se que estudantes que relataram não consumir bebidas alcoólicas em “binge” estiveram associados com maior escolaridade materna (p = 0,04), participação em atividades religiosas (p = 0,026), realização de oração nos últimos 6 meses (p = 0,007) e considerarem importante ter uma religião (p = 0,003).