O papel da equipe no cuidado em saúde mental é um dos pilares do processo de desinstitucionalização, para isso a formação permanente se faz necessário para reflexão das práticas terapêuticas e dinâmica dos serviços retrate a política de saúde mental. O objetivo deste estudo foi de descrever uma experiência de formação continuada e permanente de uma equipe domiciliar de crise, pelos princípios basaglianos e modelos internacionais, descrevendo como um método construtivo de aprendizagem do cuidado da crise. Utilizou abordagem do tipo misto com dados quantitativos e qualitativos do estudo da literatura e em documentos em relatórios, com análise de frequência numérica simples e de conteúdo que possibilitou resultados descritivos da experiência formativa. O resultado compreendeu denominações distintas na literatura, com enfoque central a interface ensino-trabalho para melhoria na qualidade dos serviços de saúde com equidade. A experiência formativa do cuidado de primeiras crises na adolescência refletiu sobre a necessidade de espaços dialógicos, críticos e reflexivos pela complexidade e multidimensional da vivência da crise, conforme diretrizes de documentos governamentais. Compreende-se que a equipe de suporte domiciliar a crise pode constituir um modelo de corresponsabilização entre serviços, usuário e família, tendo na formação o encontro de saberes técnico-científicos.