Objetivo: Descrever o manejo do tratamento medicamentoso por pacientes diabéticos. Método: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa e delineamento transversal. A amostra do estudo foi composta por usuários acompanhados em uma Unidade Básica de Saúde do Distrito Federal, portadores de DM tipo I ou II, em uso de hipoglicemiantes orais e/ou insulinas. A seleção se deu por amostragem aleatória, convencional e simples. O instrumento de coleta de dados utilizado elencava variáveis sociodemográficas, recomendações clínicas e protocolos de segurança do paciente e do manejo do paciente com DM. Os dados encontrados foram analisados por meio de estatística descritiva. Resultados: A amostra foi composta por 41 participantes, com predominância do sexo feminino e baixa escolaridade, com média de 66,8 anos de idade. Quanto ao perfil clínico, todos os usuários eram portadores de DM tipo II, observando-se predominância de multimorbidade, alto risco cardiovascular alcance das metas de controle glicêmico. Observou-se que 68,5% estavam em polifarmácia, sendo 31,5% em uso de sulfonilureias e 36,6% de insulinas. As maiores barreiras para adesão medicamentosa foram o esquecimento e a dificuldade em cumprir horários, com 61% e 53,7%, respectivamente. Quanto a insulinoterapia, as principais inconsistências encontradas foram: 86,7% a respeito do desconhecimento sobre validade da insulina após a abertura do frasco; 93,3% da ausência de registro da data de abertura do frasco; 73,3% de transporte inadequado da insulina; 93,3% do descarte inadequado de agulhas/seringa; 80% do rodízio inadequado de locais de aplicação; e 85,7% não retiram o ar da caneta a cada aplicação. Conclusão: Os pacientes diabéticos deste estudo têm encontrado diversas dificuldades para manejar o tratamento medicamentoso, o que pode potencializar o erro humano. Dessa forma, ratifica-se a necessidade de estratégias para identificação e manejo dessas dificuldades e acompanhamento equânime, de forma a favorecer a autonomia, a adesão terapêutica e a segurança do paciente.