O óxido de grafeno reduzido (rGO) é um nanomaterial formado por carbono, apresentado como um derivado do óxido de grafeno e, devido às suas propriedades, é utilizado em áreas como microeletrônica, mecânica e biomedicina. Apesar da grande quantidade de testes realizados com esse nanomaterial, ainda não há consenso sobre sua toxicidade, quando no meio ambiente. O meio aquático costuma ser o destino final desses compostos e, por isso, as algas verdes costumam ser utilizadas como bioindicador. Este estudo teve como objetivo determinar a ecotoxicidade e possíveis interações da nanopartícula de rGO com a célula de algas verdes de Raphidocelis subcapitata. As alterações estruturais nas algas, expostas a diferentes concentrações a rGO, foram analisadas através de microscopia eletrônica de transmissão (TEM) e espectroscopia Raman, a toxicidade foi avaliada por meio da medida de inibição da biomassa algal. Os resultados indicam que não houve efeito tóxico no organismo estudado, exceto na maior concentração (100 mg.L-1). A análise de TEM demonstrou uma interação das nanopartículas com a célula algal, pela observação da internalização das nanopartículas, bem como pela deposição de rGO na membrana celular. Apesar da ausência de toxicidade em baixas concentrações, os organismos mostraram sensibilidade à presença do rGO. Esses resultados contribuem com a literatura no esclarecimento do comportamento das nanopartículas à base de carbono no ambiente aquático e podem permitir um melhor cuidado com a produção e liberação dessas nanopartículas no meio ambiente.