Acolhimento em saúde mental na atenção primária à saúde no contexto da pandemia da COVID-19

Abstract

Objetivo. Analisar o acolhimento em saúde mental na atenção primária à saúde no contexto da pandemia da COVID-19. Metodologia. Foram utilizados artigos na íntegra, disponíveis nas bases dados Medical Publications (PubMed) e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Para a busca, utilizaram-se as palavras-chave: “Mental Health Assistance”, “Mental Health”, “Family Health Strategy”, “Unified Health System”, “Health Personnel”, “User Embracement” e “COVID-19”; obtidos de acordo com os Descritores de Ciências da Saúde (DeCS), tendo como operadores booleano “E/AND” e “OU/OR”. Posteriormente à aplicação dos critérios de inclusão definidos, 15 artigos foram selecionados para revisão. Resultados. Todos os artigos selecionados para esta revisão abordaram estratégias de atuação da Estratégia Saúde da Família no contexto da atenção à saúde mental, tanto antes quanto no período da pandemia. Além disso, muitos estudos trouxeram limitações como dificuldades de acesso, baixa resolutividade no âmbito da Atenção Básica, ausência de qualificação dos profissionais, além de falta de acesso à internet por parte dos usuários e baixa adesão às novas abordagens no contexto da pandemia. Conclusão. Há uma implementação de novas práticas que se adaptem ao novo cenário como, por exemplo, o teleatendimento, por meio de videochamadas e ligações. Apesar disso, essas práticas possuem limitações em decorrência do perfil dos usuários. Dessa forma, são necessárias novas estratégias para acolhimento que possam incluir todos os usuários do serviço.

Atendimento as Urgências e Emergências Psiquiátricas na Atenção Primária: Desafios envoltos no cuidar

“…Na pandemia, em decorrência do isolamento social, novas estratégias foram adotadas para promover saúde mental pelos profissionais de saúde na atenção primária, como, por exemplo, a utilização de tecnologias para realização de teleatendimentos e desenvolvimento de aplicativos, para facilitar a comunicação com os pacientes. Contudo, as ações de promoção saúde mental na atenção primária necessitam de investimento dos gestores para serem aprimoradas, considerando o aumento significativo do sofrimento psíquico na pandemia (Duarte, et al, 2021;de Figueiredo, et al, 2021;Lemos, et al, 2021).…”

“…Essa assistência enfoca muito na patologia, no diagnóstico dos transtornos mentais e na remissão de sintomas, mas, não é focada em estratégias de prevenção do adoecimento e promoção da saúde mental. Assim, as equipes multiprofissionais de atenção primária muitas vezes não se sentem capacitadas para lidarem com essas demandas (Sterling, et al, 2021;de Sousa, et al, 2021;Martinello, & Fonsêca, 2022).…”

Capacitação interprofissional sobre gestão da demanda, acolhimento e classificação de risco na Atenção Primária à Saúde

“…O Sistema Único de Saúde (SUS) conta com uma Rede de Atenção à Saúde (RAS), com o objetivo de integrar o cuidado ao usuário dentro dos serviços, sendo primordial o papel da Atenção Primária à Saúde (APS), visto que deve ser o primeiro contato do usuário, tornando-se responsável pela coordenação do cuidado e organização da atenção especializada integrada, articulando com os demais níveis de atenção à saúde (BRASIL, 2017). Constitui, ainda, um conjunto de ações em saúde, no âmbito coletivo e individual, que compreendem promoção e prevenção de saúde, diagnóstico, tratamento e reabilitação (BENDER KG, et al, 2016;FIGUEIREDO TP, et al, 2021).…”

Caracterização da formação em saúde mental na graduação em enfermagem em uma capital brasileira: uma análise na perspectiva do pensamento complexo de Edgar Morin

“…Foi constatado que, dos 103 docentes entrevistas, apenas 24 trabalham a formação na perspectiva da atenção primária à saúde (NÓBREGA et al, 2020) 2020). Isso demanda ações de promoção da saúde mental e prevenção dos agravos relacionados por parte dos enfermeiros para essa nova dinâmica e realidade em saúde que surge socialmente (BARBOSA et al, 2021;FIGUEIREDO;ALVES, 2021). Assim, será preciso pensar reformulações futuras para o processo formativo do enfermeiro na atuação em saúde mental na perspectiva da atenção primária, que é uma demanda real e concreta para os próximos anos na saúde pública brasileira.…”