Acidente de trabalho grave: perfil epidemiológico em um município do oeste do Paraná

Abstract

RESUMO Objetivou-se conhecer o perfil epidemiológico dos acidentes de trabalho graves em município do oeste do Paraná no período 2014-2018. Tratou-se de pesquisa quantitativa, retrospectiva, descritiva realizada por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Realizou-se análise descritiva e estatística. Totalizaram-se 1.741 notificações, predominando a faixa etária de 25 a 45 anos, sexo masculino, raça branca, ensino médio completo, residência na cidade estudada e área urbana. A principal ocupação foi a de empregado doméstico nos serviços gerais, prevalecendo acidente típico, nas instalações do contratante, empresas não terceirizadas, carteira assinada, Comunicação de Acidente de Trabalho não preenchida, e tempo de serviço inferior a um ano. Acontecidos predominantemente no horário comercial, sem outros trabalhadores envolvidos. A maioria recebeu atendimento médico notificado na unidade hospitalar, mão mais atingida, regime de tratamento hospitalar mais frequente até evolução para incapacidade temporária. Destacou-se o grupo de quedas e traumas. Totalizaram-se 39 óbitos com principal ocupação de pedreiro. A maioria das variáveis foram significativas para ocorrência dos acidentes e desfecho. A ocorrência de óbito foi relacionada à parte do corpo atingida e à classificação da lesão. O conhecimento do perfil epidemiológico pode subsidiar estratégias de saúde na área de saúde do trabalhador.

Profile and costs of occupational accidents reported and treated at a university hospital in Pernambuco

“…De forma geral, os resultados encontrados nesta pesquisa sugerem que a prevalência de acidente de trabalho entre homens eleva com a idade, situação de trabalho, tipo de acidente e o desfecho da internação. No tocante à variável idade, quando superior a 37 anos eleva 95% de acidentes de trabalho, o que, curiosamente, difere de um estudo realizado na Bahia, onde a população masculina mais acometida apresentava-se entre 20 e 29 anos 2 e no Paraná na etária de 20 a 34 anos, porém a nível nacional, a faixa etária é de 25 a 34 anos 13 . Este contraste aponta uma diferença no perfil do acometimento na dinâmica regional do trabalho e que necessita de atenção, a fim de estabelecer medidas de prevenção a acidentes independente da faixa etária do trabalhador 14 .…”

“…Para o trabalhador autônomo ou avulso, aumenta a prevalência deste evento em 92% e 89%, respectivamente, o que torna uma grande preocupação, pois a informalidade tende a não expor os reais acidentes de trabalho 13 . Estudos realizados na Bahia 16 e no Paraná 13 demonstram que trabalhadores com carteira assinada está relacionada com maior número de acidentes de trabalho, na contramão dos resultados que foram encontrados nesta pesquisa.…”

“…Para o trabalhador autônomo ou avulso, aumenta a prevalência deste evento em 92% e 89%, respectivamente, o que torna uma grande preocupação, pois a informalidade tende a não expor os reais acidentes de trabalho 13 . Estudos realizados na Bahia 16 e no Paraná 13 demonstram que trabalhadores com carteira assinada está relacionada com maior número de acidentes de trabalho, na contramão dos resultados que foram encontrados nesta pesquisa. Mesmo com a peculiaridade de cada atividade profissional, é possível apontar que, em geral, os trabalhadores podem enfrentar ausência de proteção social e a submissão às demandas laborais que podem contribuir para acidentes de trabalho 17 .…”

Perfil das lesões decorrentes de acidentes de trabalho no período de 2009 a 2019 em Palmas, Tocantins

“…4. DISCUSSÃOO presente estudo corrobora a literatura ao descrever que a maior parte das vítimas de acidentes de trabalho são do sexo masculino(TAKESHITA, 2012;SCUSSIATO, 2013;ZACK, 2021). Além disso, os dados da literatura também condizem com os resultados obtidos nesse estudo a respeito da predominância de indivíduos com baixa escolaridade nos acidentes de trabalho em geral (HENNINGTON;MONTEIRO, 2006; CALAZANS; NERY, 2021).No presente estudo, a única discordância foi a respeito da etnia, que apontou predominância de pardos (79,75%).…”