A reprodução humana assistida (RHA) é definida como o conjunto de procedimentos que objetivam remediar a infertilidade humana. As técnicas mais evidenciadas na rotina são a inseminação artificial, a fertilização in vitro e a injeção intracitoplasmática de espermatozoides. As metodologias referidas possuem custo diversificado variando de acordo com grau de complexidade de cada uma. No Brasil, o Conselho Federal de Medicina é responsável por orientar a realização da RHA através de parâmetros não legislativos. Já a fiscalização das células reprodutivas manipuladas em laboratório é feita, anualmente, pelo Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), criado pela ANVISA. O estudo objetivou retratar o cenário da RHA no Brasil, de acordo com o SisEmbrio, estimando de centros reprodutivos cadastrados no sistema e quantificando os oócitos produzidos, armazenados e descartados no ano de 2016. Trata-se de uma pesquisa de caráter transversal, retrospectivo, descritivo e quantitativo. A coleta dos dados demonstrou que 79% do material reprodutivo criopreservado no país localiza-se nas regiões Sul e Sudeste. Além disso, mais de 45% dos oócitos produzidos no Brasil, no ano de 2016, foram produzidos no estado de São Paulo que apresentou o maior índice nacional de reprodução humana assistida, seguido apenas pelos estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, que produziram 10% e 9% dos oócitos, respectivamente. Dessa forma, constatou-se que, a busca pela RHA aumentou entre os anos de 2015 e 2017. Ademais, as regiões Sul e Sudeste assumiram liderança na realização das metodologias, pois, tais localidades possuem o índice econômico compatível com a realização das mesmas.