Aceleradores e detectores de partículas no ensino médio: uma sequência de ensino-aprendizagem

Abstract

O presente artigo apresenta uma proposta de sequência de ensino e aprendizagem sobre Aceleradores e Detectores de Partículas (ADP), pautado na discussão sobre a inserção de tópicos de Física Moderna e Contemporânea (FMC) na educação básica. A proposta utilizou o referencial teórico-metodológico da Teaching Learning Sequences (TLS) fundamentada na Design Based Research (DBR), que visa a construção da sequência a partir de um processo cíclico que desenvolve, aplica e reconstrói sequências baseadas em tópicos específicos. Após construção, a sequência foi implementada em uma escola pública federal, em turmas da 3a série do Ensino Médio. As informações coletadas foram analisadas tendo em vista as fases da estrutura didática (protoprincípio de design) propostas no referencial de construção desse tipo de sequência, permitindo avaliá-la e redesenhá-la para uma nova implementação. Nesta análise foi possível encontrar lacunas de aprendizagem e a necessidade de sistematização do conhecimento, porém permitiu encontrar indícios de apropriação de conhecimentos científicos pelos estudantes, que é um indicativo de potencialidade da sequência.

Elaboração e avaliação de uma sequência de ensino-aprendizagem sobre raios cósmicos: proposições e reflexões

“…Para finalizar esse quadro da literatura brasileira, gostaríamos de trazer um outro exemplo. Silva (2017), baseando-se em artigos sobre a DBR e alguns artigos da edição especial da IJSE (dentre outros), em sua dissertação afirmou: 52 A sequência só poderia ser definida como uma SEA, a partir do processo cíclico de desenho, aplicação, análise e redesenho, ponderando as modificações necessárias a partir dos objetivos delineados frente aos resultados, aplicando-a em um contexto diferente. [...] Pois, como não houve tempo para reimplementá-la, ela não foi definida como uma SEA (SILVA, 2017, p. 58, grifo nosso.…”

“…Como antecipamos, nossa pretensão aqui é a de explicar a SEA. Em nossa perspectiva, a revisão bibliográfica dessa literatura por vezes parece ser descritiva (TAMIOSSO & PIGATTO, 2020;MESQUITA et al, 2021;BARROS & FERREIRA, 2013;SILVA, 2017), e em outros casos, explicativa. Vejamos alguns exemplos de trabalhos que entendemos realizar isso.…”