Ação Crítico-Formativa no Contexto de Formação de Formadores de Língua Portuguesa

Abstract

Resumo: Vivemos em uma sociedade em que hábitos, costumes, valores e crenças foram modificados em decorrência da globalização e das tecnologias de informação e comunicação, que entraram e ocuparam os espaços públicos e privados, de maneira intensa e significativa. A educação, por sua vez, mesmo com alguns avanços pertinentes, ainda presentifica, nas salas de aula brasileiras, o ensino fragmentado, um modelo tradicional descontextualizado da vida cotidiana dos educandos. Ao considerar que é na e pela linguagem que o ser humano interage, este artigo objetiva apresentar uma ação crítico-formativa desenvolvida junto a formadores de língua portuguesa, da Secretaria da Educação do Estado do Acre, na discussão de conceitos de gêneros discursivos, sequência didática e multiletramentos, como possibilidade de transformação dos sujeitos envolvidos. Metodologicamente, ancoramo-nos na Pesquisa Crítica de Colaboração (PCCol), a qual todos os envolvidos atuam, de modo crítico, colaborativo e reflexivo, nas atividades desenvolvidas, de modo a intervir e transformar a realidade existente. Nos resultados encontrados, verificaramos a necessidade de revisão em: a) conceitos considerados internalizados e, b) no papel do formador como alguém que precisa articular teoria-prática de modo mais colaborativo, crítico e efetivo para com os docentes.

Editorial

“…Mais ainda ainda, constitui uma aventura, um anseio e uma prática investigativa que se revela na "incompletude" do ato de pesquisar, estudar, ensinar e aprender Línguas-Literaturas-Linguagens em diferentes contextos, consoante destaca Oliveira (2020).…”

Gêneros Discursivos, Sequência Didática E Multiletramentos Na Pesquisa Crítica Colaborativa

“…Na quarta parte, apresentam o modo colaborativo pelo qual a ação crítico-formativa deve ser desenvolvida por e para professores(as) formadores(as), o que deve ser realizado a partir da relação dialógico-dialética entre os sujeitos da pesquisa. Defendem a ideia de que as propostas de formação de formadores(as) devem ser pensadas a partir da denominação ações crítico-formativas, apresentando uma comparação entre 'intervençoes formativas', conforme proposto por Engström (2011) e 'ações críticoformativas' propostas por Oliveira (2020), ressaltando as seguintes etapas: ponto de partida, processo, resultado, papel do pesquisador. Ao substituírem a palavra intervenção pela palavra ação, ancoram-se na perspectiva de Bakhtin (2017) sobre ação e transformação das práticas pedagógicas dos sujeitos inseridos no processo formativo, de forma contextualizada, responsável e vivenciada.…”