2011
DOI: 10.11606/issn.2238-3867.v11i1p2-16
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Abrigos poéticos

Abstract: ApresentaçãoNesse artigo pretendo compartilhar algumas reflexões nascidas em um contínuo processo de pesquisa dedicado as relações entre a dança e as abordagens somáticas 2 .Tal investigação foi aprofundada e sistematizada em meu doutorado (2010), período em que ampliei o estudo dialogando com a poética da artista Lygia Clark 3

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“…Torna-se então, parte dos processos criativos neste campo, sejam eles implicados nos fazeres da clínica ou em trabalhos artísticos, assumir estratégias que possam dissolver muros incorporados, quebrando em alguma medida, certas barreiras que impedem o acesso a outras sensibilidades. Ou a experiências menos avassaladoras do corpo habitado por essas diversas temporalidades.Ao assistir a tais corporalidades, espreitando vestígios encarnados das marcas de imersões caóticas no fora, ou de impregnações dos diversos dispositivos sociais de apaziguamento das ditas loucuras, passo a perscrutar fendas que permitam "uma investigação da interioridade do corpo, compreendida como lugar no qual a subjetividade está encarnada na fisicalidade" (COSTAS, 2011 , p.02), para, a partir daí, conceber estratégias de intervenção, também cunhadas na complexidade desse indissociável mobilizar do corpo e o mobilizar de afetos.Nesse sentido,Costas (2011) aponta que a investigação corporal, na busca por outras formas do gesto, apoiadas no reconhecimento de algumas estruturas e sistemas corporais, bem como suas possibilidades de mobilização, podem gerar a ocorrência de estados e outras qualidades de estar no corpo. Isso que exige um acompanhar cuidadoso e atento frente a potências desconhecidas, que podem conduzir o próprio sujeito a outros planos, estabelecendo relações menos assujeitadas consigo e com o entorno.A E se olharmos para o adensamento do fluxo entre tais realidades na experiência da loucura, ou do sofrimento psíquico, devemos nos perguntar quais engajamentos são possíveis para dissolver camadas encarnadas, abrindo fissuras para a descoberta de outros tempos.…”
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“…Torna-se então, parte dos processos criativos neste campo, sejam eles implicados nos fazeres da clínica ou em trabalhos artísticos, assumir estratégias que possam dissolver muros incorporados, quebrando em alguma medida, certas barreiras que impedem o acesso a outras sensibilidades. Ou a experiências menos avassaladoras do corpo habitado por essas diversas temporalidades.Ao assistir a tais corporalidades, espreitando vestígios encarnados das marcas de imersões caóticas no fora, ou de impregnações dos diversos dispositivos sociais de apaziguamento das ditas loucuras, passo a perscrutar fendas que permitam "uma investigação da interioridade do corpo, compreendida como lugar no qual a subjetividade está encarnada na fisicalidade" (COSTAS, 2011 , p.02), para, a partir daí, conceber estratégias de intervenção, também cunhadas na complexidade desse indissociável mobilizar do corpo e o mobilizar de afetos.Nesse sentido,Costas (2011) aponta que a investigação corporal, na busca por outras formas do gesto, apoiadas no reconhecimento de algumas estruturas e sistemas corporais, bem como suas possibilidades de mobilização, podem gerar a ocorrência de estados e outras qualidades de estar no corpo. Isso que exige um acompanhar cuidadoso e atento frente a potências desconhecidas, que podem conduzir o próprio sujeito a outros planos, estabelecendo relações menos assujeitadas consigo e com o entorno.A E se olharmos para o adensamento do fluxo entre tais realidades na experiência da loucura, ou do sofrimento psíquico, devemos nos perguntar quais engajamentos são possíveis para dissolver camadas encarnadas, abrindo fissuras para a descoberta de outros tempos.…”
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