“…completa a proposta defendida por Eco dizendo que "não se trata [...] de uma mesma mensagem: são duas as mensagens, como são duas as roupagens linguísticas, mas visando fins comunicativos similares, que se aproximam o suficiente". Ainda segundoBarni (2017), "A tradução é [...] um movimento de aproximação a uma terra estrangeira [...] Para realizar essa aproximação, [...] são três as condições de possibilidade (e de verdade): reconhecer a alteridade, marcar essa diferença e, finalmente, acolher em si a diferença". É através do arcabouço técnico e intelectual do tradutor-leitor e de sua proposta de tradução que os leitores secundários terão acesso ao texto-fonte, cujo resultado final será o texto traduzido que, nas palavras de Eco, pretende sempre "dizer quase a mesma coisa", tendo em vista as limitações linguísticas, socioculturais e históricas que inevitavelmente o impedem de "dizer a mesma coisa" que o texto original.Lembremos ainda queBrioschi (2003) afirma que a literatura não é apenas um conjunto de textos ou obras, mas, sim, uma prática social presente nas comunidades literárias, compostas por diversos actantes, entre eles, o leitor.Partindo desses pressupostos, nos questionamos: como traduzir?…”