A territorialização como processo de transformação: um relato de experiência

Abstract

Objetivo: Descrever estratégias realizadas para o processo de territorialização em saúde capaz de minimizar ou solucionar os principais impasses que dificultam o processo saúde e doença da comunidade. Relato de experiência: Essa pesquisa se caracteriza como um relato de experiência, vivenciada pelos residentes multiprofissionais em Saúde da Família, Saúde Mental e Saúde Coletiva da Escola de Saúde Pública do Ceará, através do processo de territorialização desenvolvida em duas comunidades, localizadas no Sertão Central do Ceará. O reconhecimento do território, inicialmente, se deu por meio de visitas domiciliares dos profissionais residentes, juntamente com o apoio dos agentes comunitários de saúde e, posteriormente realizou-se oficinas como forma de favorecer maior conhecimento dos problemas das comunidades e formular estratégias. Considerações finais: Verificou-se que a territorialização se destaca como uma nova experiência diferenciada de cuidado, dando ênfase na importância do diálogo e da escuta qualificada ao permitir o conhecimento dos fatores que influenciam na qualidade de vida da população. Recomenda-se que esta deve ser utilizada como ferramenta essencial para o planejamento das ações em saúde.

Reativação de um Conselho Local de Saúde: Reflexões e experiências

“…A necessidade da discussão em torno do processo de reativação do CLS da devida UBS deu-se a partir do processo de territorialização proposto pelo programa de Residência, processo este que se configura como uma organização das práticas de saúde/doença e dos processos de trabalhos presentes no território 11 , em que permitiu aos profissionais residentes compreender a dinâmica na qual envolvia toda a comunidade local.…”

A importância dos profissionais de Psicologia na Estratégia Saúde da Família: a experiência de uma psicóloga residente

“…Essa potencialidade do trabalho dos ACS se fortalece por eles serem moradores do território; eles vivenciam a comunidade, residem nela, o que os tornam sensíveis a muitas necessidades sociais e de saúde dos demais usuários. 13 Desta forma, os ACS são profissionais fundamentais para o conhecimento do território, possibilitando a compreensão dinâmica da comunidade, por meio de narrativas vivas da microárea, que relatam anseios, medos e dificuldades enquanto profissionais. 13,14 Adentrar o território na companhia dos ACS facilitou a construção de vínculos com as famílias, indivíduos e lideranças comunitárias.…”

“…13 Desta forma, os ACS são profissionais fundamentais para o conhecimento do território, possibilitando a compreensão dinâmica da comunidade, por meio de narrativas vivas da microárea, que relatam anseios, medos e dificuldades enquanto profissionais. 13,14 Adentrar o território na companhia dos ACS facilitou a construção de vínculos com as famílias, indivíduos e lideranças comunitárias. Nesse caminhar, identificaram-se fragilidades no saneamento básico, como ausência de esgoto e de água encanada, e na coleta de lixo, fatores que atuam como agravantes no processo saúde-doença.…”

“…Essas observações são importantes para o futuro da Psicologia na APS, pois é fundamental que o psicólogo compreenda as diferenças e especificidades de cada área de atuação, a fim de que as intervenções sejam mais adequadas e significativas para o que se propõem. 10,11,13,32 Ao longo do tempo, as necessidades dos territórios e o trabalho multiprofissional foram demandando intervenções do psicólogo, com mais ênfase na APS, originadas em dificuldades emocionais manifestadas em atendimentos de outros profissionais, ou por encaminhamentos de outros setores de políticas públicas. 16,32 Participar das ações de intervenção em saúde proporcionou a compreensão do trabalho da Psicologia, no contexto da ESF, realçando a importância da abertura para um olhar subjetivo.…”