DOI: 10.11606/d.31.2014.tde-14052014-115106
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A terceira margem do rio: mercado e sujeitos na pintura de história de Antônio Parreiras

Abstract: The subject of this dissertation is the historical painting of Antônio Parreiras produced during Brazilian's First Republic (1889-1930. It seeks to understand the painter's role in the embryonic art market between the XIX and XX centuries, emphasizing the establishment of relationships between him and the governments. It aims to show how Parreiras was able to stimulate the demand for decorative paintings for the public spaces that were being built or remodeled to meet the needs of the new regime. Furthermore,… Show more

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“…Nesta ocasião, o pintor se enfileira a Pedro Américo e Victor Meirelles, afastados por sua intrínseca identificação com o antigo regime imperial. 18 Com o falecimento de Victor Meirelles em 1903, e o de Pedro Américo apenas dois anos depois, Parreiras possivelmente desejou assumir o legado desses, que foram reconhecidos como os grandes mestres da pintura de história do Brasil. Para celebrar o novo regime republicano a partir das encomendas regionais que recebe, o pintor fluminense não poupara citações à obra dos dois pintores que melhor se valeram de seus pincéis para louvar os feitos do Império brasileiro.Uma retomada da tradição oitocentista, facilmente identificada nas telas históricas de Parreiras, ocorre, porém, não de forma descontextualizada.…”
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“…Nesta ocasião, o pintor se enfileira a Pedro Américo e Victor Meirelles, afastados por sua intrínseca identificação com o antigo regime imperial. 18 Com o falecimento de Victor Meirelles em 1903, e o de Pedro Américo apenas dois anos depois, Parreiras possivelmente desejou assumir o legado desses, que foram reconhecidos como os grandes mestres da pintura de história do Brasil. Para celebrar o novo regime republicano a partir das encomendas regionais que recebe, o pintor fluminense não poupara citações à obra dos dois pintores que melhor se valeram de seus pincéis para louvar os feitos do Império brasileiro.Uma retomada da tradição oitocentista, facilmente identificada nas telas históricas de Parreiras, ocorre, porém, não de forma descontextualizada.…”
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“…Já autores como Maurice Agulhon 44 , Jean Éditions Starobinsky 45 , Christian Amalvi 46 , Neil McWilliam 47 , Linda Nochlin 48 , T. J. Clark 49 sãonorteadoras para se pensar a relação do Estado com os artistas e as condições (encomendas ou livres iniciativas) das criações de obras pautadas em programas iconográficos afinados (ou não) a trecho citado deixa transparecer um certo pessimismo quanto à arte do período, como se o novo regime não tivesse sido capaz de ensejar uma visualidade própria, e todas as tentativas resultaram em um grande fracasso; posicionamento este que reverbera em estudos sobre a Primeira República, ainda que combatido recentemente.52 Um olhar um pouco mais atento sobre essa produção pode relativizar essa reflexão tão taxativa de Carvalho, como o de São É justamente nesta primeira conjuntura da República, denominada de modo pejorativo de -República Velha‖, -termo este cunhado pelo -Estado Novo‖ com fins ideológicos 80 -, que se situa todo um esforço para se criar (e legitimar) uma nova representação visual da nação, pautada agora em valores, ideais, republicanos. Esse empenho parece ter ocorrido em diversos níveis, como a reconfiguração do panteão de heróis, na atualização da imagem do líder político, sejam eles militares, e depois civis, os eventos que passam a ser integrados na agenda da história pátria, e a incorporação de certo símbolos, alegorias tidas universais quanto aos ideais de Alberto Ribeiro Freire96 , Moema Alves97 , Lúcia Klück Stumpf98 , Michelli Scapol Monteiro 99 , Pedro Nery 100 , Eduardo Polidori 101. Um dos trabalhos que procura avançar em relação ao de José Murilo de Carvalho é o de Elisabete Leal que trata a respeito da produção dos artistas positivistas, enfocando as disputas entorno da construção dos monumentos públicos, produzidos por Eduardo de Sá e Décio Villares, obras até então pouco analisadas 102.…”
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