A violência sexual contra crianças e adolescentes é um problema de saúde pública que desencadeia diversos prejuízos cognitivos, comportamentais, emocionais e sociais. Nesse sentido, objetiva-se identificar as práticas realizadas pela psicologia no contexto de violência sexual infanto-juvenil, em especial, destacar as consequências psicossociais e físicas e averiguar quais estratégias vêm sendo utilizadas pela psicologia para o combate do abuso sexual em crianças e adolescentes. O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa em que foram analisadas produções de 2016 a 2021 nos idiomas português, inglês e espanhol. A partir da análise dos 23 artigos encontrados, verificou-se quatro eixos temáticos: consequências físicas e psicológicas causadas pelo abuso sexual infantil, acolhimento institucional da criança, intervenções da psicologia frente ao abuso sexual e intervenções da psicologia no contexto familiar. Foi possível constatar a necessidade da escuta dos casos de violência sexual, a partir de técnicas de entrevista e recursos lúdicos, para dar voz a experiência da criança e do adolescente. No entanto, ainda existem limitações nos sistemas de justiça que dificultam a oferta de um espaço seguro e acolhedor para que essa escuta possa acontecer. Cabe, portanto, aos profissionais da psicologia buscar estratégias para lidar com tais limitações e ofertar práticas de cuidado.