A saúde do homem e atenção primária à saúde: revisão integrativa

Abstract

Objetivo: caracterizar a produção científica acerca da saúde do homem no âmbito da atenção primária à saúde, levantando as evidências disponíveis na literatura sobre os motivos que levam à não adesão masculina aos serviços de saúde. Método: trata-se de uma revisão integrativa de literatura. A busca bibliográfica ocorreu na Biblioteca Virtual em Saúde na base de dados Scientific Eletronic Library Online- SCIELO e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), levando-se em consideração os artigos publicados entre os anos de 2001 e 2013; publicados em português e disponíveis na integra. Dos 21 artigos encontrados, selecionaram-se 18 para a realização do estudo. Resultados: após análise dos estudos selecionados, chegou-se a três temas que sintetizaram a produção estudada: imaginário masculino; principais barreiras encontradas na busca pelo serviço; e a atuação do profissional na atenção à saúde do homem. Conclusão: foi possível inferir que a produção científica acerca do tema abordado ainda é muito restrita, reforçando a necessidade de aprofundamento no assunto numa perspectiva relacional de gênero e saúde, uma vez que a baixa adesão dos homens aos serviços de atenção básica está fortemente ligada a questões referentes ao imaginário masculino e à manutenção de ideal de invulnerabilidade, que constitui importante fator de risco à saúde do homem.

Intestinal parasitic infections: telephone health literacy with men in areas of poverty in the syndemic

“…For Souza and Souza et al ( 33 ) , men are created not to show feelings and weaknesses towards society. The search for health care and/or the discovery of a disease goes against this culture, with men having their masculinity contested.…”

“…Linked to this, the barriers in the search for the health service, given by the incompatibility between the hours available for men and the Basic Health Units’ operation hours, due to delay in care and lack of educational practices and/or specific care for men’s demands, they contribute to their seeking care at emergency services that are open 24 hours a day. Similarly, health professionals’ work, with an imposing posture and hospital-centered attitudes, also becomes an obstacle to the presence of men in PHC services ( 33 ) , pointing to the need for professional training and adaptations in the service to welcome and meet men’s health needs.…”

Estratégias de colping utilizadas por pessoas com Diabetes mellitus na atenção primária à saúde

“…A Tabela 3 apresenta os fatores associados ao uso de estratégias de coping com os dados sociodemográficos e condições de saúde. A análise de relação relevantes entre os dados sociodemográficos, condições de saúde e o inventário de coping podem ser observadas na Tabela 3, identificando uma possível distinção entre os sexos quanto as estratégias de coping utilizadas, mostrou se significativas diferenças no coping de afastamento no qual o sexo masculino apresenta um uso maior da estratégia comparado ao sexo feminino (P 0,005), o qual pode se justificar que os homens tem uma tendencia a serem a omissão de seus fatores que poderiam apresentar determinada vulnerabilidade, considerando os fatores culturais de que o homem não poderia manifestar sua fraqueza e fragilidade o que aumenta o risco de comportamentos pouco saudáveis e o adoecimento (Souza e Souza, et al, 2021), Ainda relacionado ao coping afastamento notamos que os pacientes portadores de diabetes tipo 2 utilizaram mais a estratégia que os pacientes portadores de diabetes tipo 1 (P 0,020), pode-se considerar também, o fato de que para ocorrer a adesão do tratamento é necessário que mudanças no estilo de vida ocorram e isso pode afetar diretamente a relação da pessoa com a família, o afastamento resulta em uma má comunicação e expressão de sentimentos. A influência que a família exerce na sua relação com o doente crônico é relevante, pois refere-se a aspectos como o nível social, familiar e econômico, que possuem grande peso na dinâmica do bem-estar da família nuclear.…”