Este artigo, produzido a partir de pesquisa desenvolvida em dissertação fomentada pelo Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal da Paraíba – PPGH/UFPB, apresenta uma análise sobre a construção das estruturas de Segurança Nacional e Informação no Brasil, e especialmente em Pernambuco, ao longo do século XX, como sinal de um projeto biopolítico de poder. O texto articula conceitos da teoria biopolítica explorando a organização da Escola Superior de Guerra, permeada pela ideia de guerra permanente e interna, passando pelo processo de criação das polícias políticas estaduais até o detalhamento da emergência de mecanismos, técnicas, recursos procedimentos e a prática de uma mecânica de controle e monitoramento do cotidiano de pernambucanos nessas circunstâncias. Além disso, sua leitura é fundamental para os que se interessam pelo processo de desenvolvimento das redes de segurança e informação anterior ao golpe civil-militar de 1964, as quais serão indispensáveis para a execução e manutenção da Ditadura Militar de 21 anos.