Representações sociais, inclusive profissionais, concretizam o processo histórico e revelam o contexto e as determinações sociais vigentes. Localidades simultaneamente distantes do centro do capital mundial e local são denominadas periferia da periferia do capital. Diversos municípios nessas condições, embora carentes de empresas de grande porte, possuem o bacharelado em Secretariado Executivo. Usando o Amapá como referência, este trabalho objetiva compreender as representações sociais sobre o Secretário Executivo (SE) e os determinantes sociais da profissão na periferia da periferia do capital. Para a obtenção das informações empíricas, utilizou-se entrevista semiestruturada com cinco bacharéis em SE formados pela Unifap atuando na profissão. As entrevistas foram transcritas e analisadas a partir dos discursos referentes ao reconhecimento profissional, valorização, consciência social, mercado de trabalho e identidade. Os relatos indicaram reduzida empregabilidade, ausência de valorização e reconhecimento profissional. O desconhecimento da profissão é indicado como razão para que os SEs sejam contratados para o desempenho de funções técnicas. Por outro lado, o mercado não exige a formação em nível superior para cargos cujas atribuições seriam pertinentes ao SE. Tais dificuldades prejudicam a satisfação, motivação, autoimagem e remuneração do profissional. Ausência de empresas de grande porte e aspectos culturais são apontados como fatores centrais para os problemas. As perspectivas de mudança perpassam pela organização em sindicatos, associações e conselhos para a defesa dos direitos dos SEs. As descrições das funções pertinentes ao profissional de SE correspondeu ao preconizado pela legislação, mas os profissionais apontaram a gestão e o ser executivo como uma pretensão de atribuição funcional. Palavras-chave: Representações Sociais; Secretário Executivo; Condições de Trabalho.