Resumo O texto propõe uma linha de comunicação entre a poesia de Adélia Prado, a partir de Bagagem (1976), e a de Maria Lúcia Dal Farra e seu Livro de auras (1994). A intenção radica em observar como os modos de suas respectivas estratégias discursivas, além de revitalizar o código poético local, sugerem mudanças no estatuto da condição histórico-social dos agentes femininos produtores de poesia. Acreditase que isso pode assinalar uma ampliação dos rumos da poesia brasileira, como mostrar uma trajetória de evolução dessa entidade feminina na sua definição de ser social dentro das circunstâncias históricas do seu existir.