2016
DOI: 10.1590/1982-02752016000200006
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A queixa escolar sob a ótica de diferentes atores: análise da dinâmica de sua produção

Abstract: Este estudo teve como objetivo pormenorizar e analisar a dinâmica de produção da queixa escolar entre, de um lado, professores e coordenadores pedagógicos e, de outro, profissionais de saúde que atuam em serviços de atenção à infância. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com nove participantes, sendo cinco profissionais de educação que atuam em uma escola pública municipal, e quatro profissionais de saúde que atendem casos de queixa escolar. Constatou-se, entre os educadores, a reiteração das tradici… Show more

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“…Desta forma, Cunha et al (2016) evidência que existe na queixa escolar uma forte tendência histórica, onde tentam justificar os motivos dos fenômenos educativos como sendo um desvio de padrão escolar.…”
Section: Resultsunclassified
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“…Desta forma, Cunha et al (2016) evidência que existe na queixa escolar uma forte tendência histórica, onde tentam justificar os motivos dos fenômenos educativos como sendo um desvio de padrão escolar.…”
Section: Resultsunclassified
“…Desta forma, o fracasso escolar se expandiu na sociedade contemporânea, tendo como consequência o maior número de crianças sendo encaminhadas por seus professores ao psicólogo, apresentado diagnósticos que levam a medicalização e patologização da educação. (MACHADO, 1997;SOUZA, 2007;CUNHA et al, 2016;MOREIRA, CONTRIN, 2016).…”
unclassified
“…Entretanto, os relatos dos estudos evidenciam que, na prática, ainda há muitas intervenções que geram sofrimento e individualização da queixa escolar, revelando que existe um descompasso entre o que se produz de literatura e o que é praticado, reiterando tradicionais tendências de patologização dos impasses escolares. Nos artigos encontrados, destacam-se os seguintes temas: crítica à medicalização da educação, processos que transformam o ensino como um problema médico (Cruz, Okamoto, & Ferrazza, 2016;Meira, 2012;Christofari, Freitas, & Baptista, 2015;Sanches & Amarante, 2014); o mau comportamento tratado como doença (Sanches & Amarante, 2014); estudos comparativos na visão de pais, professores e profissionais da saúde (Cunha, Dazzani, Santos, & Zucoloto, 2016;Leonardo & Suzuki, 2016;Cruz et al, 2016); outras formas de exclusão, a exemplo da progressão continuada, destacando os argumentos patologizantes que sustentam explicações individualizantes sobre o fracasso escolar (Viégas, 2015); e a medicalização como um dispositivo de controle e disciplina (Meira, 2012;Heckert & Rocha, 2012).…”
Section: Medicalização Do Fracasso Escolarunclassified
“…Fazendo um comparativo sobre a percepção dos trabalhadores da educação e dos profissionais de saúde sobre a produção da queixa escolar, é possível identificar algumas discrepâncias. Por exemplo, Cunha et al (2016) identificaram que, entre os educadores, mantêm-se tradicionais tendências de patologização dos impasses escolares e de terceirização de seu enfrentamento. Já entre os profissionais de saúde, os autores identificaram a predominância de uma compreensão crítica e ampliada dos problemas educacionais, além do estabelecimento de parceria com a escola no intuito de abordá-los e superá-los.…”
Section: Medicalização Do Fracasso Escolarunclassified
“…Para Cunha et al (2016), a queixa escolar é oriunda da ligação entre as dificuldades de aprendizagem e os problemas relacionados ao processo de escolarização do sujeito, que acaba ocorrendo ao longo da sua vida estudantil. Todavia, as dificuldades na Língua Portuguesa estão voltadas para dois pontos principais desta área: a leitura e escrita.…”
Section: Queixas Escolares Relacionadas Com a Língua Portuguesaunclassified