Abstract:Este trabalho discute as relações entre a presidência brasileira e os outros poderes da União durante a segunda gestão FHC de 1999 a 2002. A hipótese central é de que a crescente separação dos poderes, apontada por vários autores desde a Constituição de 1988, também caracteriza processos importantes ocorridos durante essa gestão de FHC. Argumentamos que esse processo empírico exige uma reavaliação de conceitos sobre a democracia brasileira e que teorias "separacionistas" de poder e governo oferecem novas persp… Show more
“…A área econômica foi o núcleo central do insulamento burocrático, e a ela o presidente delegou funções e poderes extraordinários de autonomia e capacidade de interferir em outros setoresum bom exemplo disso foi a efetividade da Secretaria do Tesouro Nacional no controle das despesas públicas de todo o gabinete ministerial; outro foi a ocupação de diversos postos estratégicos por pessoas fortemente ligadas ao ideário da equipe econômica. (COUTO; ABRUCIO, 2003, p. 291) Para Mettenheim (2003), o governo de FHC promoveu um deslocamento do modelo de desenvolvimento baseado no Estado para outro pautado na relação entre as forças de mercado e a regulação governamental, no qual as agências reguladoras eram os atores estratégicos. Diniz (2002, p. 247) também destaca que este novo regime de incentivos e regulações implicou a ruptura com a ordem anterior.…”
Section: Cargos Eletivos E Vínculos Com Partidos Políticosunclassified
“…Considera que o Estado aumentou sua autonomia em relação à sociedade e ao sistema representativo e estreitou vínculos com a nova ordem internacional. Mettenheim (2003) avalia que a mudança neste padrão tinha como objetivo reduzir os gastos federais, diminuir o custo dos serviços básicos e modernizar a infraestrutura. Alerta, no entanto, para o fato de os investimentos estrangeiros, um dos sustentáculos do plano, terem caído de um pico de US$33 bilhões, em 1999, para algo em torno de US$16 bilhões, em 2002.…”
Section: Cargos Eletivos E Vínculos Com Partidos Políticosunclassified
Dedico este trabalho ao Otávio, aos meus avós, Francisco e Eliza, e aos meus/minhas amigos(as) que. de tão amigos(as) que são, não precisam ser nomeados(as) VI VII
AGRADECIMENTOSRedigir estes agradecimentos constitui um processo catártico de exteriorização de uma gratidão infinita e incomensurável à vida e aos que a compartilham comigo. Agradeço imensamente ao meu orientador Prof. Sebastião Carlos Velasco e Cruz. Antes mesmo de conhecê-lo, suas obras foram referências decisivas na minha formação acadêmica. Ter a oportunidade e o privilégio de ser sua aluna e orientanda me fez admirá-lo ainda mais. O método com o qual apreende a realidade, o rigor com que faz pesquisas, seu conhecimento teórico e sua capacidade analítica constituem para mim parâmetros de como se deve fazer Ciência Política. Ao longo destes anos, pude contar com sua generosidade, sua orientação e também com todo o apoio que se pode ter num processo como este. É evidente que as limitações desta tese decorrem da minha incapacidade de absorver tudo que tive à disposição. Sou também muito grata à banca de qualificação formada pelo Prof. Dr. Brasílio Sallum Jr. e pelo Prof. Dr. Andrei Koerner. As observações e contribuições de ambos foram elucidadoras e determinantes para a finalização do trabalho. É claro que as falhas e imprecisões ainda presentes são fruto da minha dificuldade de incorporar tudo que me foi sugerido. Sou grata também aos meus professores da graduação, do mestrado e do doutorado.No BNDES, pude contar com o auxílio de Flávio Borges, que facilitou o acesso a vários dos documentos consultados. Agradeço também aos funcionários da biblioteca da instituição e aos diretores Eduardo Rath Fingerl e Luís Fernando Dorneles pela gentileza com que me receberam e me concederam entrevista. Agradeço ainda a Priscila Gartier, da secretaria do IFCH, pela paciência e presteza. Sou muito grata ao querido Danelon, que com muita dedicação e carinho revisou esta tese, tornando sua leitura mais agradável.Não poderia deixar de expressar minha gratidão à minha família, especialmente, aos meus pais por tudo que fizeram por mim e aos meus sogros. Sou muito grata ao Manuel, coordenador do curso de Relações Internacionais da FMU, que me apoiou sempre que precisei. Na FMU, agradeço ainda ao Marquinhos e ao André. Aos meus alunos por me incentivarem e por me darem a oportunidade de fazer uma das coisas de que mais gosto: dar aulas. Cito alguns deles como representantes de um todo muito maior. Agradeço à
“…A área econômica foi o núcleo central do insulamento burocrático, e a ela o presidente delegou funções e poderes extraordinários de autonomia e capacidade de interferir em outros setoresum bom exemplo disso foi a efetividade da Secretaria do Tesouro Nacional no controle das despesas públicas de todo o gabinete ministerial; outro foi a ocupação de diversos postos estratégicos por pessoas fortemente ligadas ao ideário da equipe econômica. (COUTO; ABRUCIO, 2003, p. 291) Para Mettenheim (2003), o governo de FHC promoveu um deslocamento do modelo de desenvolvimento baseado no Estado para outro pautado na relação entre as forças de mercado e a regulação governamental, no qual as agências reguladoras eram os atores estratégicos. Diniz (2002, p. 247) também destaca que este novo regime de incentivos e regulações implicou a ruptura com a ordem anterior.…”
Section: Cargos Eletivos E Vínculos Com Partidos Políticosunclassified
“…Considera que o Estado aumentou sua autonomia em relação à sociedade e ao sistema representativo e estreitou vínculos com a nova ordem internacional. Mettenheim (2003) avalia que a mudança neste padrão tinha como objetivo reduzir os gastos federais, diminuir o custo dos serviços básicos e modernizar a infraestrutura. Alerta, no entanto, para o fato de os investimentos estrangeiros, um dos sustentáculos do plano, terem caído de um pico de US$33 bilhões, em 1999, para algo em torno de US$16 bilhões, em 2002.…”
Section: Cargos Eletivos E Vínculos Com Partidos Políticosunclassified
Dedico este trabalho ao Otávio, aos meus avós, Francisco e Eliza, e aos meus/minhas amigos(as) que. de tão amigos(as) que são, não precisam ser nomeados(as) VI VII
AGRADECIMENTOSRedigir estes agradecimentos constitui um processo catártico de exteriorização de uma gratidão infinita e incomensurável à vida e aos que a compartilham comigo. Agradeço imensamente ao meu orientador Prof. Sebastião Carlos Velasco e Cruz. Antes mesmo de conhecê-lo, suas obras foram referências decisivas na minha formação acadêmica. Ter a oportunidade e o privilégio de ser sua aluna e orientanda me fez admirá-lo ainda mais. O método com o qual apreende a realidade, o rigor com que faz pesquisas, seu conhecimento teórico e sua capacidade analítica constituem para mim parâmetros de como se deve fazer Ciência Política. Ao longo destes anos, pude contar com sua generosidade, sua orientação e também com todo o apoio que se pode ter num processo como este. É evidente que as limitações desta tese decorrem da minha incapacidade de absorver tudo que tive à disposição. Sou também muito grata à banca de qualificação formada pelo Prof. Dr. Brasílio Sallum Jr. e pelo Prof. Dr. Andrei Koerner. As observações e contribuições de ambos foram elucidadoras e determinantes para a finalização do trabalho. É claro que as falhas e imprecisões ainda presentes são fruto da minha dificuldade de incorporar tudo que me foi sugerido. Sou grata também aos meus professores da graduação, do mestrado e do doutorado.No BNDES, pude contar com o auxílio de Flávio Borges, que facilitou o acesso a vários dos documentos consultados. Agradeço também aos funcionários da biblioteca da instituição e aos diretores Eduardo Rath Fingerl e Luís Fernando Dorneles pela gentileza com que me receberam e me concederam entrevista. Agradeço ainda a Priscila Gartier, da secretaria do IFCH, pela paciência e presteza. Sou muito grata ao querido Danelon, que com muita dedicação e carinho revisou esta tese, tornando sua leitura mais agradável.Não poderia deixar de expressar minha gratidão à minha família, especialmente, aos meus pais por tudo que fizeram por mim e aos meus sogros. Sou muito grata ao Manuel, coordenador do curso de Relações Internacionais da FMU, que me apoiou sempre que precisei. Na FMU, agradeço ainda ao Marquinhos e ao André. Aos meus alunos por me incentivarem e por me darem a oportunidade de fazer uma das coisas de que mais gosto: dar aulas. Cito alguns deles como representantes de um todo muito maior. Agradeço à
Fernando antônio azevedo Eleições presidenciais, clivagem de classe e FERNANDO ANTÔNIO AZEVEDO é professor associado da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
declínio da grande imprensaRESUMO o artigo faz um balanço das eleições presidenciais de 2006 e 2010 tendo como foco analítico três dimensões: as estratégias de campanha, a cobertura da grande imprensa escrita e o comportamento do eleitor. a partir dessas dimensões, discute os resultados eleitorais, a agenda-setting do processo eleitoral e a influência da mídia para argumentar que, nesses dois pleitos: 1) houve um descolamento entre a agenda política da classe aB e a chamada "nova classe média" e os "pobres"; 2) o voto foi predominantemente "governista", estruturado por uma clivagem de classe e orientado pelo voto pragmático e retrospectivo; e, finalmente, 3) que a influência da grande imprensa escrita ficou restrita às classes aB, que constituem seu público leitor por excelência e as principais parcelas do eleitorado oposicionista.
ABSTRACT
This article presents an account of the presidential elections of 2006 and 2010;and an analysis divided into three focuses: the campaign strategies, the coverage by the mainstream written press, and the behavior of voters. From those viewpoints, it discusses the election results, the agenda-setting of the election process, and media influence; so as to argue that in those two ballots, 1) there was a detachment between the political agenda of the A and B classes B and the so-called "new middle class" and the "poor"; 2) voting was predominantly "pro-government" and structured by a class cleavage, and oriented towards a retrospective and pragmatic vote and finally, 3) the influence of the mainstream written press was restricted to the A and B classes -which make up its reading audience par excellence -and the main blocs of the oppositionist body of voters.
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