A política externa brasileira e os desafios da cooperação Sul-Sul

Abstract

IntroduçãoA África do Sul, o Brasil e a Índia são considerados países intermediários. Ainda que não exista acordo entre os especialistas com relação à definição precisa do conceito, este geralmente inclui pelo menos um dos três fatores: capacidades materiais, uma medida de autopercepção e o reconhecimento dos outros Estados, em especial das grandes potências. Estes três países têm uma característica comum, são "potências regionais" e tal condição lhes assegura uma relevância internacional adicional. Ainda que o conceito tenha sido grandemente utilizado na década de 1970, quando os grandes países em desenvolvimento desenvolviam políticas assertivas no plano internacional, este ainda tem importância no mundo globalizado e unipolar. Na verdade, esta categoria de países pode ser pensada como representando dois perfis internacionais particulares, a partir de duas identidades internacionais distintas.A primeira, referida ao mundo da política, poderia ser denominada de system-affecting state a partir da conhecida definição de Keohane (1969). Nesta categoria estão aqueles países que dispondo de recursos Artigo * Professora do Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro -Iuperj e do Instituto de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro -IRI-PUC/ Rio (mrslima@iuperj.br). Agradeço à Verônica Cruz pela coleta dos dados e organização das tabelas. Rev. Bras. Polít. Int. 48 (1): 24-59 [2005]

South-South Cooperation: Brazilian experiences in South America and Africa

“…Given its geographic and demographic size, its level of economic development and the wealth of its natural resources, the country claims a significant position in global politics. Lima (2005) argues that this implies a self-perception of the country of its international role, the part played by diplomacy and its elite in foreign policy, and its recognition by other States. It also requires and active role in international politics, prioritizing relations with both developing and developed countries.…”

América Latina a inicios de la segunda década del siglo XXI: entre el regionalismo estratégico y la regionalización fragmentada

“…Entre esos desafíos, algunos provienen de las clásicas políticas estadounidenses, pero habrá en el futuro otros provenientes de otros actores de fuera de la región, como es el caso de China. Otros desafíos provendrán de las diferencias entre las políticas exteriores de los países de la región en la construcción regional y de la expresión de la política exterior brasileña en la región (LIMA, 2005;SOUTO MAIOR, 2006;BERNAL-MEZA, 2008). Finalmente, un aspecto de fundamental consideración atañe a la propia construcción regional: sus contenidos, la capacidad de los Estados de generar instancias de participación de las regiones, comunidades nativas y 41 Revista Brasileira de Política Internacional América Latina a inicios de la segunda década del siglo XXI actores de la sociedad civil y en procesar las políticas necesarias para generar bienes públicos regionales.…”

A new Strategic Dialogue: Brazil-US relations in Lula's presidency (2003-2010)

“…Brazil has been more active in other markets, mainly amongst South countries. As Lima (2005) points out, one of the most relevant aspects of Lula's agenda was this diversification of markets. This search of alternatives allowed Brazil to be less vulnerable to the world economic crisis in 2008.…”