A política econômica do governo Dilma: baixo crescimento e recessão

Abstract

O presente artigo discute as razões do baixo crescimento ao longo do primeiro governo Dilma. Também discute o que levou a economia brasileira mergulhar na crise a partir do início de 2015, embora sua situação não fosse tão ruim no período anterior. Em linhas gerais, defendemos a proposição segundo a qual o principal determinante do baixo crescimento reside no fato do governo Dilma não ter rompido com o núcleo da política macroeconômica neoliberal, seguida desde o governo FHC. Na fase expansiva do capitalismo global (2003-2007) foi possível compatibilizar essa política com medidas voltadas para o crescimento do mercado interno. Com a crise de sobreacumulação do capitalismo vieram a tona as contradições entre esses dois eixos de política econômica.

Movimento sindical docente na Universidade Federal do Amapá: condições locais e articulações nacionais na construção da greve de 2012

“…(2017), o período 2011-2014, no terceiro mandato consecutivo do PT, é marcado por desfavorável contexto macroeconômico externo. A queda do Produto Interno Bruto (PIB) nacional é a demonstração cabal desse processo, com média anual de 2,1%, abaixo do crescimento mundial (3,4%) e da América Latina (2,9%) (CORSI, 2016).…”

Consumismo - Uma Análise Da Aplicação De Práticas Keynesianistas No Mercado Brasileiro Durante a "Era Lula" E Suas Consequências Para a Economia

“…Aos olhos de muitos, um verdadeiro "milagre econômico". Contudo, segundo Corsi (2016), a supracitada política econômica começou a apresentar seus primeiros sinais de problema quando, em 2010, o aumento do PIB foi acompanhado de pressões inflacionárias. De acordo ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o ano de 2010 fechou com um índice de 5,91% de inflação, superando em 1,41% o centro da meta, fixada pelo governo em 4,5%.…”

“…Segundo Corsi (2016), com o propósito de manter as bases desenvolvimentistas adotadas no governo anterior, a presidente Roussef implementou providências voltadas para manutenção de baixos juros, aumento dos gastos públicos e desvalorização do câmbio. Essas medidas, denominadas de nova matriz econonômica, segundo o autor, foram deliberadas com o objetivo de manter "o apoio da classe trabalhadora e para acomodar os dispares interesses das diferentes frações da burguesia que apoiavam o governo.…”

“…(CARVALHO, 2018, p. 97) Dentro desse contexto, Joaquim Levy foi o encarregado de dirigir o então Ministério da Fazenda na tentativa de efetivar as medidas econômicas ortodoxas em um austero ajuste fiscal, com o intuito de controlar as contas públicas e a inflação de dois dígitos vigente. Contudo, segundo Corsi (2016), o Governo perdeu, logo no primeiro semestre do novo mandato, sua "iniciativa política", em decorrência de uma soma de elementos, tais como: a crise econômica vigente; a recessão internacional; os casos de corrupção, colocados à luz pela Operação Lava Jato; a oposição da imprensa em contraposição ao governo; e a desmantelação do pilar de apoio político no Congresso.…”

O PIBID e as disputas por sentidos de docência e formação de professores: A trajetória do programa entre 2007 e 2018

“…Notícias falsas que consistem na distribuição deliberada de desinformação ou boatos via jornal impresso, televisão, rádio, ou ainda online, como nas mídias sociais.8 Estamos cientes das controvérsias sobre este tema, para além da atribuição da crise econômica a ingerência de Dilma Rousseff ou em contrapartida, a ingovernabilidade criada pela oposição, ou até mesmo na crença de que essa crise foi superdimensionada nos discursos para desestabilizar o governo(Bastos, 2017;Corsi, 2016;Dweck & Teixeira, 2017), nos detemos aqui na influência das questões econômicas na segunda fase do PIBID.…”