A Percepção das puérperas sobre o parto vaginal humanizado assistido pela equipe de Enfermagem

Abstract

Lançada em 2003, a Política Nacional de Humanização (PNH) do SUS, também conhecida como HumanizaSUS trouxe como objetivo o de proporcionar melhorias ao atendimento, ajustando a qualidade da atenção prestada a população, levando em consideração a prática da realização do parto como um todo. O estudo teve como objetivo compreender a percepção das puérperas mediante a prática assistencial da equipe de Enfermagem no parto vaginal humanizado em uma maternidade pública no Município de Imperatriz/MA. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, realizado com 16 puérperas. Os dados foram obtidos por meio de um questionário estruturado durante os meses de Novembro a Dezembro do ano de 2018 e submetidos à análise e interpretação do conteúdo. Nisso, emergiram 03 categorias: acolhimento profissional; técnicas parciais de humanização no parto e percepção das puérperas sobre a assistência ao parto. Os resultados obtidos mostraram que a assistência humanizada da enfermagem durante o parto, proporciona maior segurança, conforto e equilíbrio emocional a parturiente, buscando minimizar através de técnicas o sentido da dor, e trazer um relaxamento, que melhora a qualidade do parto, não só para a equipe, mas para a protagonista que é a mulher, como a deambulação, o banho, massagens e o uso da bola. Assim, conclui-se que de acordo com as informações obtidas, puderam-se perceber práticas de humanização de forma parcial aplicada pelos profissionais, permitindo que essas mulheres se sentissem mais seguras com seus acompanhantes e a opção de decidir quais métodos elas queriam que fossem utilizados para que sua dor fosse minimizada.

Atuação da enfermagem no parto natural: vaginal e humanizado

“…Essa situação mostra que há uma clara falta de capacitação profissional no atendimento personalizado para o alívio da dor, o que leva à baixa qualidade da assistência, resultando na desumanização dos serviços assistenciais, resultando em baixa qualidade dos serviços assistenciais e em soluções que não cumprem os princípios do Plano Nacional de Humanização da Atenção Hospitalar (PNHAH), torna-se importante a capacitação do enfermeiro na assistência a parturiente (SANTOS et al, 2020).…”

“…A recomendação da OMS sobre a assistência ao parto normal afirma: 'deve existir uma razão válida, para interferir no processo natural', mas a atitude da assistência obstétrica brasileira é completamente oposta. Considera-se relevante a prática de técnicas que coloquem em segurança a saúde da parturiente e do bebê, seguindo os critérios de avaliação do bebê no útero e das condições da parturiente para prosseguimento de um parto normal (SANTOS et al, 2020).…”

“…Como o objetivo da humanização é ter a gestante como protagonista, existem entraves nesse processo, como a relação hierárquica entre a atenção à saúde e a maternidade. Atualmente, os profissionais são tidos como protagonistas do parto na sociedade por terem conhecimento e ainda o auxílio da tecnologia, para que a gestante não participe do processo pelo qual seu corpo está passando (SANTOS et al, 2020).…”

Estratégias do enfermeiro obstetra para diminuição dos métodos intervencionistas durante o parto normal

“…corrobora com estes resultados ao mostrar que as parturientes que receberam banho quente e uso da bolsa suíça de forma associada, utilizaram menos analgesia e tiveram maior ocorrência de parto normal (87,2%) devido a maior progressão de dilatação cervical e melhor evolução da descida fetal. Ainda, notou-se que houve aumento da frequência das contrações uterinas, da frequência cardíaca fetal e diminuição de tempo do processo de partejar (Santos et al, 2020).…”

A importância do papel do enfermeiro na humanização do parto: verificação completiva

“…A mesma deve saber respeitar as necessidades e cultura já vividas pela paciente. A humanização durante o parto traz práticas que irão proporcionar a parturiente uma melhor garantia de segurança, confiança, certezas e fortalecimento de laços, pois é um instante que trata não só de mudanças físicas, mas psicológicas, que envolvem o emocional, correlacionando a interferência do pai nesse momento, reforçando a importância dos laços familiares (Santos, 2020).…”