2020
DOI: 10.25091/s01013300202000010007
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A Odebrecht e a formação do Estado angolano (1984-2015)

Abstract: Este artigo explora a trajetória da Odebrecht em Angola no contexto da relação histórica entre multinacionais e o Estado africano desde a chegada da empresa ao país nos anos 1980 até a crise de 2015. O texto oferece uma perspectiva original sobre as relações entre Estado e multinacionais, relevante para acadêmicos que estudam as relações entre Brasil e África.

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“…Essa ponte se fez, sobretudo, a partir da elaboração de planos econômicos angolanos em cooperação com técnicos brasileiros (inspirados em ações em prol da estabilização, como o Plano Collor I); e da atuação da iniciativa privada, nomeadamente da Odebrecht 33 (MENEZES, 2000). Conforme Mathias Alencastro (2020), a empreiteira brasileira chega ao mercado angolano ainda durante a guerra e estabelece parcerias estratégicas com o Estado, inicialmente no setor de diamantes e de energia, com destaque para a construção da barragem de Capanda, 32 Vale lembrar que as relações entre os dois países não se restringem ao período recente da história de Angola. Pepetela, em Luandando (1990, p. 65), mostra como o comércio entre os dois lados do Atlântico é um fato que atravessa os séculos, sobretudo até 1822: "Até aí, Angola era mais colônia do Brasil que de Portugal.…”
Section: Ondjaki E De Kiluanji Kia Hendaunclassified
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“…Essa ponte se fez, sobretudo, a partir da elaboração de planos econômicos angolanos em cooperação com técnicos brasileiros (inspirados em ações em prol da estabilização, como o Plano Collor I); e da atuação da iniciativa privada, nomeadamente da Odebrecht 33 (MENEZES, 2000). Conforme Mathias Alencastro (2020), a empreiteira brasileira chega ao mercado angolano ainda durante a guerra e estabelece parcerias estratégicas com o Estado, inicialmente no setor de diamantes e de energia, com destaque para a construção da barragem de Capanda, 32 Vale lembrar que as relações entre os dois países não se restringem ao período recente da história de Angola. Pepetela, em Luandando (1990, p. 65), mostra como o comércio entre os dois lados do Atlântico é um fato que atravessa os séculos, sobretudo até 1822: "Até aí, Angola era mais colônia do Brasil que de Portugal.…”
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“…Antes do fim da primeira década do novo século, a nova política logrou sucesso econômico: contando com a presença de quase duas dezenas de companhias (cinco delas como operadoras e as demais como associadas) nacionais e internacionais (de origem angolana, americana, britânica, francesa, japonesa, italiana, portuguesa, iugoslava, croata, norueguesa, sueca e brasileira), o país passou a atuar, em 2006, como membro da OPEP e, em 2008, tornou-se o maior produtor da África subsaariana. Nesse cenário, entre 2004 e 2008 ("período de ouro" de sua economia), o Produto Interno Bruto angolano atingiu um crescimento médio de 17%, destacando-se entre as economias com maior taxa de crescimento no mundoe, consequentemente, como um local mais propício a investimentos estrangeiros(SERROTE, 2020;ALENCASTRO, 2020). Porém, entre 2009 e 2011, em decorrência de mais uma crise internacional e da acentuada descida das receitas petrolíferas, as taxas de crescimento foram novamente reduzidas, forçando o governo a endividar-se mais uma vez com o FMI.…”
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