A disponibilidade da água e a qualidade dos solos pode ser comprometida pela ocupação humana. Assim, objetivou-se analisar as características hidrogeomorfométricas e a dinâmica da cobertura do solo na microbacia do rio Arara, para conhecer os impactos da ocupação e propor práticas de manejo conservacionista. Foram utilizadas técnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto. A microbacia tem área de 56,16 km2, perímetro de 41,37 km, forma alongada, altitudes de 245 a 570 m, predominâncias de relevos suave ondulados, regiões com baixa influência na propagação de incêndios e extremamente aptas à mecanização agrícola, padrão de drenagem dendrítico, 17,24 nascentes km-2, densidade de drenagem de 4,78 km km-2, coeficiente de manutenção de 209,3 m2 m-1, índice de sinuosidade de 41,05% e tempo de concentração de 3,46 h. Em 1984, a floresta nativa ocupava 68% da microbacia e 75,44% da zona ripária, em 2022 passou a ocupar 13,05% e 14,62%, respectivamente. As reduções das áreas de floresta nativa estão associadas ao avanço da agropecuária. A microbacia tem potencial para atividades agropecuárias, contudo, o desmatamento excessivo e em regiões impróprias compromete o desenvolvimento sustentável da região. Recomenda-se, principalmente, a recuperação da vegetação nativa na zona ripária e reservas legais que estão ocupadas com agropecuária.