A Literatura Como Conhecimento: Leituras E Releituras

Abstract

<!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> <p class="western" style="background: #ffffff none repeat scroll 0% 0%; text-indent: 1.01cm; margin-bottom: 0cm; -moz-background-clip: border; -moz-background-origin: padding; -moz-background-inline-policy: continuous; line-height: 0.35cm;" align="JUSTIFY"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Por que relemos certas obras literárias? A perenidade atingida por certas obras é </span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">decorrência de uma especificidade de conhecimentos por elas veiculado? Existe uma forma </span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">de conhecimento próprio da obra literária, e que não se confunde com o das demais formas </span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">de conhecimento? Partindo de indagações como essas, o autor, neste ensaio, examina a </span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">questão da perenidade das obras literárias e de sua releitura.</span></span></p> <p class="western" style="background: #ffffff none repeat scroll 0% 0%; text-indent: 1.01cm; margin-bottom: 0cm; -moz-background-clip: border; -moz-background-origin: padding; -moz-background-inline-policy: continuous; line-height: 0.35cm;" align="JUSTIFY"> </p><br><!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> <p class="western" style="background: #ffffff none repeat scroll 0% 0%; text-indent: 1.02cm; margin-bottom: 0cm; -moz-background-clip: border; -moz-background-origin: padding; -moz-background-inline-policy: continuous; line-height: 0.35cm;" align="JUSTIFY"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"></span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></span></p

Espaço e linguagem: contribuições estético-literárias de germinal no estudo da sociedade industrial

“…Borges 2014 Na acepção dominante, indicam Régis (2001), Vicentini (2011) e Barbosa (1996), herdeira do paradigma positivista fragmentador do conhecimento, a ciência e o tempo presente do capitalismo ordenariam as experiências consideradas racionais/objetivas, enquanto as artes/literatura as emocionais/subjetivas, invalidando ou subestimando o lugar de conhecimento da literatura. Löwy (2009, p. 236-237) destaca que a formação do modelo científico-natural de objetividade foi resultado de vários séculos de desenvolvimento do capitalismo, de modo que aplicá-lo "ao domínio das ciências humanas advém de uma ilusão ou de uma mistificação" tendo em vista que o método das ciências sociais se distingue das naturais em modelos teóricos, técnicas de pesquisas, procedimentos de análise, "mas também e sobretudo no domínio da relação com as classes sociais".…”

“…O conhecimento veiculado pelo texto é dependente da sua organização interna que deve ser percebida e procurada pelo leitor em vista da absorção da especificidade daquele conhecimento (BARBOSA, 1996). Cabe ao leitor perceber os sentidos do texto (aquilo de que P á g i n a 121 o texto fala) para recolher-lhe as significações (acerca de que ele fala), reconfigurando o mundo conforme os sentidos que temos podendo exercitar nossa leitura aquém ou além da própria obra (VICENTINI, 2011).…”

“…"Quanto mais significações puderem ser colhidas de dentro dos sentidos do texto, maior a probabilidade tem a obra de transformar-se em obra-prima, transcender o seu tempo e a História" (VICENTINI, 2011, p. 390), valendo-se as asserções supra aludidas por Calvino (2007) sobre os textos clássicos. Barbosa (1996) assinala que relemos determinadas obras em vista dos elementos que oferecem à consideração para o presente, na medida em que permitem aos leitores acréscimos, modificações e aproximações distintas.…”