A Inserção Profissional Dos Egressos Do Curso De Administração No Brasil: Análise Do Perfil, Formação E Trabalho E Proposição De Uma Tipologia De Inserção Brasileira

Abstract

Este estudo busca identificar diferentes padrões de inserção profissional dos egressos de Administração, curso que foi escolhido por ter um dos maiores números de matrículas (junto ao Direito e Pedagogia), pela diversidade de atividades possíveis de desempenhar a partir da formação, pela representatividade no país e por sua popularidade no ensino, pesquisa e no mercado profissional. Participaram do estudo 1199 egressos. Empreendeu-se uma clusterização, sendo possível organizar três agrupamentos que foram assim denominados: iniciantes, privilegiados e batalhadores. Os agrupamentos foram retratados tendo como ponto de partida três eixos de análise: perfil dos egressos, formação e trabalho. A tentativa de organizar agrupamentos com a finalidade de se pensar possíveis perfis de inserção profissional, certamente, mostrou-se de forma incipiente, por outro lado, reforçou olhares minuciosos em relação ao contingente de formados na área no país - que ainda carece de programas ou ações de acompanhamento e orientação à população formada. Sobretudo, o estudo tem potencial de reforçar o entendimento da estratificação profissional presente no mercado e que vem se mostrando até mesmo dentro de um grupo profissional. Esclarece-se que não se tem por pretensão encerrar as discussões, mas provocar estudos posteriores, concentrados ou não no campo da Administração sobre a temática apresentada. Palavras-Chave: Inserção Profissional. Egressos. Administração. Tipologia de inserção profissional. Abstract: This study seeks to identify different patterns of professional insertion of Business Administration graduates, a course that was chosen for having one of the highest enrollment numbers (along with Law and Pedagogy), for the diversity of possible activities to be carried out after graduation, for its representativeness in the country and for its popularity in teaching, research, and the professional market. 1199 graduates participated in the study. A clustering was undertaken, making it possible to organize three groups that were named as follows: beginners, privileged and fighters. The groups were portrayed having as a starting point three axes of analysis: profile of graduates, training and work. The attempt to organize groups with the purpose of thinking about possible profiles of professional insertion, certainly, proved to be incipient, on the other hand, it reinforced meticulous looks in relation to the contingent of graduates in the area in the country - which still lacks programs or follow-up and guidance actions for the trained population. Above all, the study has the potential to reinforce the understanding of the professional stratification present in the market and that has been showing itself even within a professional group. It is clarified that it is not intended to close the discussions, but to provoke further studies, whether or not concentrated in the field of Administration on the theme presented. Keywords: Professional Insertion. Graduates. Administration. Typology of professional insertion.

Trajetória Profissional De Jovens Universitários: A Percepção De Graduandos E Egressos Em Engenharia De Produção

“…Em quatro (4) dos casos, os entrevistados começaram a trabalhar antes dos 14 anos de idade, sete (7) começaram a trabalhar entre 15 e 19 anos, enquanto 11 dos entrevistados começaram a trabalhar com 20 anos ou mais. Essa diferença pode ser atribuída a diversos fatores, como oportunidades de emprego, interesses pessoais e experiências anteriores, além de aspectos sociais e culturais que podem culminar na inserção precoce de jovens perpassados por determinados marcadores sociais de diferença, como classe (GUIMARÃES; BRITO; COMIN, 2020;BARBOSA;LARA;PAIVA, 2020;MORAES et al, 2023).…”

“…Ressalta-se a importância do trabalho decente na vida dos jovens, não só como fonte de renda, mas como forma de desenvolvimento socioprofissional (PICANÇO, 2015). Nesse sentido, a formação no ensino superior adquire relevância, ao ser atrelada a oportunidades de trabalho decente e à fonte de diferenciação social (MORAES et al, 2023). O ingresso no ensino superior pode representar uma conquista importante para muitos jovens, mas também pode ser uma transição desafiadora, uma vez que envolve mudanças significativas em relação ao ensino médio e à vida acadêmica (MORENO; SOARES, 2014; OLIVEIRA; DIAS, 2014).…”

“…Complementam Oliveira e Dias (2014) que a adaptação ao ensino superior tende a ser difícil, especialmente em relação à mudança de cidade e ao distanciamento da rede de apoio familiar. Embora seja comum discutir as dificuldades de adaptação no início da graduação, os desafios se estendem à etapa final do curso (MORAES et al, 2023), de forma que o diploma representa a conclusão da formação, mas não a garantia de emprego (PAIS, 2005;MORENO;SOARES, 2014).…”

“…Constatou-se que as dificuldades nas trajetórias profissionais de jovens, que tendem a possuir vínculos mais frágeis de trabalho e relações de trabalho mais instáveis, vão além da conciliação entre trabalho e estudos, como sinalizado nos estudos de Reis (2015) e Moraes et al (2023). Somam-se a isso os ajustamentos relacionados a diferentes padrões de inserção profissional (MORAES et al, 2023), ligados a fatores econômicos e sociais que compõem a trama da transição para o trabalho, perpassada, ainda, pela leveza associada à juventude e pelas responsabilidades associadas à figura do adulto trabalhador (BARBOSA; LARA; PAIVA, 2020).…”

“…Constatou-se que as dificuldades nas trajetórias profissionais de jovens, que tendem a possuir vínculos mais frágeis de trabalho e relações de trabalho mais instáveis, vão além da conciliação entre trabalho e estudos, como sinalizado nos estudos de Reis (2015) e Moraes et al (2023). Somam-se a isso os ajustamentos relacionados a diferentes padrões de inserção profissional (MORAES et al, 2023), ligados a fatores econômicos e sociais que compõem a trama da transição para o trabalho, perpassada, ainda, pela leveza associada à juventude e pelas responsabilidades associadas à figura do adulto trabalhador (BARBOSA; LARA; PAIVA, 2020). Ribeiro et al (2022), a empregabilidade dos engenheiros recém-graduados pode ser influenciada por fatores externos, como as políticas públicas e a situação econômica do país, o que exige que os jovens profissionais desenvolvam habilidades e competências que os ajudem a se destacar e se adaptar às contingências do mercado.…”