DOI: 10.11606/d.8.2019.tde-20032019-101356
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

A (in)visibilidade da questão racial na formação dos soldados da Polícia Militar

Abstract: SIMÕES-GOMES, Letícia Pereira. The (in)visibility of the race question during the

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1
1

Citation Types

0
2
0
4

Publication Types

Select...
2
2

Relationship

0
4

Authors

Journals

citations
Cited by 4 publications
(6 citation statements)
references
References 19 publications
0
2
0
4
Order By: Relevance
“…This includes not only skin color and physical features but also cultural markers such as music styles, hairstyles, and so on. Studies show how police use racialized de"nitions of suspects to justify stop-and-frisk decisions, consistently framing black males as the typical suspect (Ramos et al, 2022;Rocha, 2019;Schlittler, 2016;Simões-Gomes, 2018; Sinhoretto, 1 2020). The racialization of the suspect means that officers will frame manifestations of black culture as suspicious, delinquent, or criminal to justify over-policing this group.…”
Section: Introductionmentioning
confidence: 99%
“…This includes not only skin color and physical features but also cultural markers such as music styles, hairstyles, and so on. Studies show how police use racialized de"nitions of suspects to justify stop-and-frisk decisions, consistently framing black males as the typical suspect (Ramos et al, 2022;Rocha, 2019;Schlittler, 2016;Simões-Gomes, 2018; Sinhoretto, 1 2020). The racialization of the suspect means that officers will frame manifestations of black culture as suspicious, delinquent, or criminal to justify over-policing this group.…”
Section: Introductionmentioning
confidence: 99%
“…Como se vê, a persistente ausência de responsabilização se manteve no transcorrer dos anos em meio ao amadurecimento das instituições democráticas na nova ordem constitucional e de tensões que marcaram avanços e retrocessos no que concerne à matéria. Lembra-se por exemplo das inclusões e retiradas de conteúdos referentes a direitos humanos nos currículos dos cursos de formação de novos soldados da PM (NEME, 1999;SINHORETTO et al, 2014) e de temas afetos a desigualdades estruturais, como foi o caso da inclusão da disciplina "Ações Afirmativas e igualdade racial", matéria incorporada à formação dos novos PMs de São Paulo em 2004 após repercussão e mobilização pública contra a abordagem policial que terminou na morte de um dentista negro em São Paulo, como bem lembrou Letícia Simões Gomes (2018).…”
unclassified
“…Contudo o que se presenciou foi o recrudescimento da repressão e da brutalidade policial (MANSO, 2012). O comportamento das instituições de justiça foi o de tolerar os excessos e, mesmo quando esboçaram reação, foi com timidez e medidas inócuas, como o caso da criminalização da tortura e os incrementos curriculares com matérias sobre direitos humanos e igualdade racial (SINHORETTO et al, 2014;SIMÕES GOMES, 2018). Algumas reações que exigiam mais das autoridades ficaram restritas ao âmbito do Poder Legislativo municipal da capital paulista, não ultrapassando este domínio federativo.…”
Section: Mario José Josino (Favela Naval) E Veiculação Das Imagensunclassified
“…O mesmo ocorreu com a violência policial: só a polícia de São Paulo saiu de 300 mortes em 1981 para mais de 1.000 mil mortes em 1990(NUNES, 2018).Barreto et al (2018), a aproximação de seu objeto com as questões de Estado e as políticas públicas são uma característica dos dois campos de estudos nas ciências sociais (e o mesmo poderia ser dito sobre o campo de estudos sobre movimentos sociais, que vivenciou a multiplicação de pesquisas sobre participação social junto ao Estado, em conselhos de participação setorial). Neste momento, o que melhor foi produzido conecta o profundo acúmulo destes subcampos de estudos e a aplicação do conceito de racismo institucional(SILVÉRIO, 2005) para falar das instituições de segurança pública, em especial, a polícia(SINHORETTO et al, 2014;SCHLITTLER, 2017;MORAIS, 2018;SINHORETTO, 2019;SIMÕES, 2018).Esta visão tem contribuído para ajustar o debate sobre a democratização das polícias e a questão racial no Brasil, bem como para fundamentar debates sobre políticas públicas e trazer as instituições policiais ao debate público e ver suas práticas sob o escrutínio da sociedade. Ancorada em marcos constitucionais do Estado democrático de direito, é fortemente apropriada pelos movimentos sociais negros, pois responde aos anseios imediatos dos protestos contra a violência policial e a sua agenda de demandas por políticas públicas de promoção da igualdade racial e de combate ao racismo.No campo das relações raciais e violência, encontramos pesquisas sobre segurança pública e violência que abordam a situação da vitimização da população negra(REIS, 2005;AMPARO-ALVES, 2011;VARGAS, 2010).…”
unclassified