A imagem digital como dispositivo de apropriação dos modos de subjetivação contemporâneos

Abstract

RESUMO. O artigo "A imagem digital como dispositivo de apropriação dos modos de subjetivação contemporâneos" trata de problematizar a imagem digital como emblema dos atuais modos de produção de subjetividade. Na imagem digital, o tempo é resignificado na despotencialização de seus aspectos acumulativos vindo a ser integrado a uma temporalidade transitória e de confluência de encontros. A discussão proposta expõe dimensões do conceito de virtual afirmando-o como potência imaginativa, fruto de agenciamentos múltiplos e heterogêneos entre arte, tecnologia e ciência fundando novas interações entre sujeito e mundo. É justamente, desde uma leitura da realidade como pura transformação, não existindo essências e sim estados de coisas, que a simulação se torna adequada para pensar as relações entre imagem digital e subjetividade.

No Metaverso: Pistas Para Um Futuro Iminente Da Educação E Da Arte Em Ambientes Virtuais

“…O compartilhamento de memes, a customização de interfaces e a lógica dos jogos eletrônicos são parte das produções atuais que impulsionam os mais variados assuntos em tendências ou campanhas sincronizadas e, pela relevância com que os determinam, expressam a organização das comunidades em um estado generalizado de pós-produção (BOURRIAUD, 2009). O papel de influenciadores em plataformas, de disseminadores de fakenews e de protagonistas de memes virais ocorre, por exemplo, aos espectadores contemporâneos justamente porque, na pós-produção, os processos de produção, de distribuição e de fruição podem ser mobilizados em conjunto e de forma circunstanciada (KIRST;FONSECA, 2010).…”