O percurso percorrido para conclusão de um programa de Mestrado é longo e, muitas vezes, tortuoso. O caminho até aqui levou mais de dois anos, nos quais muitas mudanças aconteceram. E se é verdade que o caminho se faz ao caminhar, posso dizer que o desenrolar deste trabalho foi fruto de uma longa jornada, que se iniciou antes mesmo do ingresso na pósgraduação. Para minha sorte e privilégio, não realizei esta travessia sozinha. Tenho muito e muitos a agradecer.Agradeço, inicialmente, ao meu orientador, Rubens Beçak, pela paciência e compreensão, pelo exemplo de excelência e dedicação acadêmica e pelas contribuições à presente pesquisa.Aos professores da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto, pelos ensinamentos ao longo de dois anos de aulas e seminários.Aos professores Vladmir Oliveira da Silveira e Paulo Roberto Barbosa Ramos, pelas observações precisas realizadas no exame de qualificação, que em muito contribuíram para o aperfeiçoamento da pesquisa.Aos integrantes do grupo de estudos de Justiça Restaurativa da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto, e ao seu coordenador, Eduardo Saad Diniz, pela construção de um saber horizontal e por partilhar, comigo, a vontade de mudar o mundo.À Cristina Rego de Oliveira, pela inspiração e por ser guia quando eu ainda não sabia qual caminho desejava trilhar.Ao Promotor de Justiça Lincoln Gakiya, pelas conversas travadas ao longo da fase preliminar da pesquisa e pelo auxílio no contato com a Secretaria da Administração Penitenciária.Aos diretores das unidades prisionais visitadas e aos demais funcionários, pela disponibilidade e cortesia na minha recepção.Aos 37 indivíduos entrevistados, que, apesar de privados da liberdade, e de não terem nenhuma contrapartida pela participação na pesquisa, aceitaram dialogar comigo e me permitiram ter acesso a suas vivências no universo prisional. Sem eles, este trabalho não existiria.Finalmente, à minha família, pelo apoio incondicional e compreensão irrestrita. Foram longas horas dedicadas a este trabalho. Desde o levantamento bibliográfico, a coleta dos dados, para a qual foi necessário viajar mais de 7h, até a escrita final da dissertação, muitas foram as minhas ausências. Todas, contudo, foram acolhidas, pois fui privilegiada com o incentivo dos meus.Durante a elaboração desta pesquisa eu gestei e gerei uma vida. Meu maior agradecimento é, portanto, a Elis, que revolucionou o meu mundo. A maternidade redefine os caminhos da mulher, mas, se não for da sua vontade, não a afasta de seus propósitos. A Academia, assim como qualquer outro lugar, pode (e deve) ser ocupada por mulheres, sejam elas mães, gestantes, puérperas, ou sem filhos. É verdade que os desafios são maiores e a jornada é mais solitária, mas, cada vez que olho minha filha, sei que quero deixar para ela um amanhã com mais esperança. Esta pesquisa se mistura com este propósito.